quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

 

 

 

A MENSAGEM E O TESTEMUNHO DO BATISTA

 

P – A grande virtude da LBV é restaurar o Cristianismo em sua pureza primitiva, e isso, realmente, só podia ser feito pelo Novo Mandamento revelado. Como é que o CEU (Centro Espiritual Universalista) da LBV interpreta a mensagem de João?

 

R – O Espírito da Verdade responderá, harmonizando as seguintes passagens do Evangelho de Jesus: Mateus, cap. III, vs. 7-12; Marcos, cap. I, vs. 6-8; Lucas, cap. III, vs. 7-18. Atenção para esses textos bíblicos:

 

MATEUS: 7 – Mas, vendo João muitos dos fariseus e saduceus que vinham ao seu batismo, disse-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que há de vir? 8 – Tratai de produzir frutos dignos de arrependimento, 9 – e não procureis dizer dentro de vós: “Temos Abraão por pai”, porque eu vos declaro que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. 10 – O machado já está posto à raiz das árvores: toda árvore que não dá bom fruto será cortada e lançada ao fogo. 11 – Eu, na verdade, vos batizo com água, para vos levar à penitência; mas o que vem, depois de mim, é mais poderoso que eu, e não sou digno de levar-lhe as sandálias; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. 12 – Traz na mão a sua pá, e limpará bem a sua eira; recolherá o seu trigo no celeiro, mas queimará a palha em fogo inextinguível.

 

MARCOS: 6 – João vestia pele de camelo, usava uma tira de couro em volta da cintura e se alimentava de gafanhotos e mel silvestre. Pregava dizendo: 7 – Aquele que é mais poderoso que eu virá depois de mim, e não sou digno de me abaixar diante de seus pés, para lhe desatar as correias das sandálias. 8 – Eu vos batizo com água; Ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo.

 

LUCAS: 7 – João dizia ao povo, que acorria em bandos para ser batizado: “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira vindoura?” 8 – Daí, pois, frutos dignos do vosso arrependimento, e não comeceis a dizer dentro de vós: “Temos Abraão como pai”, porque eu vos declaro que Deus é poderoso para, destas pedras, fazer que nasçam filhos a Abraão. 9 – Já o machado está posto à raiz das árvores: toda árvore que não der bom fruto será cortada e lançada ao fogo. 10 – O povo lhe perguntava: “Que havemos, então, de fazer?” 11 – João respondia: “Aquele que tem duas túnicas dê uma ao que não tem; aquele que tem comida faça o mesmo.” 12 – Foram, também, publicanos para o batismo, e lhe perguntaram: “Que havemos de fazer?” 13 – Ele respondeu: “Não cobreis mais do que está prescrito na lei”. 14 – Perguntaram-lhe, ainda, alguns soldados: “E nós o que havemos de fazer?” Respondeu-lhes: “Não pratiqueis violência contra ninguém nem façais denúncia falsa, e contentai-vos com o vosso soldo”. 15 – Estando o povo na expectativa, pensando consigo mesmo que talvez João fosse o Cristo, 16 – disse ele a todos: “Eu, na verdade, vos batizo com água, mas logo virá quem é mais poderoso que eu, e não sou digno de lhe desatar as correias das sandálias; Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. 17 – Traz na mão a sua pá, e limpará bem a sua eira, para recolher o trigo no seu celeiro; mas queimará a palha em fogo inextinguível. 18 – Assim João anunciava ao povo o Evangelho de Jesus.

 

João era o Precursor da Verdade, e ele mesmo o declarou. Suas aspirações não iam nem deviam ir além da missão que lhe cumpria desempenhar. Mediunicamente ligado aos Espíritos Superiores, a cujo número pertencia, os quais o assistiam e inspiravam, era dirigido em todas as circunstâncias pela intuição, e possuía a humildade que deveria guiar a todos vós na Terra. Tinha consciência do que aguarda o Espírito na sua volta à Pátria Espiritual; mas, acima de tudo, tinha absoluta consciência da sua missão de Precursor. Esta consistia, em preparar os homens para o arrependimento, servindo-se de um símbolo que lhes daria a compreender a purificação e de que necessitavam: LAVAVA SEUS CORPOS, A FIM DE OS DISPOR A LAVAREM SEUS CORAÇÕES. Purificava-lhes o invólucro material, para os compelir à purificação de sues Espíritos, exortando-os – em resposta às perguntas que lhe faziam – à prática da Justiça, da Caridade, do Amor. Sua missão, portanto, era preparatória: Jesus viria completá-la. João era a voz do que clama no deserto, até que as populações se reunissem para ouvir a pregação da Verdade. Estas palavras “Não comeceis a dizer, dentro de vós mesmos, TEMOS ABRAÃO POR PAI, porque destas pedras Deus pode fazer que nasçam filhos a Abraão; o machado já está posto à raiz das árvores; toda árvore que não dá bom fruto ele a corta e lança ao fogo”, se referem a todos os tempos – ao tempo em que o Batista falava, aos tempos que se seguirem, até ao fim dos tempos, isto é, até a volta do Cristo de Deus. Os sacerdotes judeus não reconheciam como filho do Senhor senão aqueles que viviam curvados ao seu jugo, da mesma forma que a Igreja de Roma não admite salvação para os que não lhe obedecem cegamente. Que representa Abraão para os hebreus? O chefe da família (ou povo) que vai herdar o Reino de Deus. Por aquelas palavras inspiradas ao Precursor, deus quer que fique bem claro serem seus filhos TODOS OS QUE VÃO A ELE, DE CORAÇÃO LIMPO. É como se dissesse: “Não entram no meu Reino os filhos de Abraão que desprezaram minhas leis e desfiguraram meus preceitos, como também os que, no futuro, as desprezaram e os desfigurarem. Todo aquele, porém, que ouve a minha voz e arranca a árvore má, produtora de maus frutos, e só deixa no coração a boa semente, que há de fertilizar a terra, este está no caminho que a mim conduz, esse é meu filho para sempre. Filhos de Abraão não são os que me dizem “Senhor! Senhor!”, mas tão somente aqueles que cumprem a minha Lei, quaisquer que eles sejam. Todos os limpos de coração é que olho como filhos, e só eles terão entrada no meu Reino!” E aí está o símbolo da árvore: a que não der bom fruto será cortada e lançada ao fogo. Já compreendeis o sentido oculto destas palavras que, apropriadas às inteligências daquela época, eram destinadas a despertá-las da ignorância. A árvore que não dá bons frutos é o Espírito encarnado que sucumbe nas suas provas. Depois da “morte”, quando o Anjo da Libertação lhe houver ceifado a existência, será lançado ao fogo, isto é, será – primeiro – ao entrar em expiação no mundo espiritual, submetido a sofrimentos ou torturas morais, proporcionados e apropriados aos crimes que haja cometido; depois – à reencarnação que, abrindo-lhe a caminho da reparação, e ao mesmo tempo, meio de purificação e de progresso.

 

 

 

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