O SOL E O CEU
P – Sempre admiramos na
Legião da Boa Vontade seu caráter anti-sectário. Recebemos com imensa alegria a
criação do Centro Espiritual Universalista. Mas a palavra CENTRO não poderá dar
idéia de alguma “tendência” religiosa?
R – O CEU é tão
anti-sectário quanto a LBV. Mas sua grande missão é unificar as Quatro
Revelações, CENTRALIZANDO todos os ensinamentos esparsos do Espírito da
Verdade. O SOL não é o centro do vosso sistema planetário? Pois o CEU é o
centro do vosso sistema religioso. Qualquer dicionário define: CENTRO –
Ponto situado no interior de uma esfera eqüidistante de todos os pontos da
circunferência; ponto para onde as coisas convergem. Que todos sejam UM, na
esfera terrestre – eis a palavra de ordem do Cristo de Deus, repleta de
misericórdia.
P – Que é misericórdia?
R – É a virtude que consiste
na compaixão, na piedade pelos sofrimentos humanos, principalmente nesta Era
Apocalíptica final.
P – Como praticar a
misericórdia?
R – Vivendo o Novo
Mandamento de Jesus, com o esquecimento e o perdão das ofensas, próprios das
almas grandes que já estão FORA DO ALCANCE DO MAL. Com que direito pedireis a
Deus o perdão das vossas faltas, se não tiverdes antes perdoado as ofensas dos
vossos inimigos? Meditais: perdoar é transferir a Deus o julgamento dos ofensores.
P – Que é virtude?
R – Na sua elevada
significação, virtude é o conjunto de todas as qualidades essenciais ao homem
de Bem. Ser bom, trabalhador, caridoso, sóbrio, humilde – são qualidades do
homem virtuoso.
P – Que é paciência?
R – É a resignação, a
submissão a todos os sofrimentos, tanto morais quanto físicos. Não há dor sem
causa justa. O que chamais de MAL reverte sempre em vosso benefício, dentro da
Lei Divina.
P – Que é probidade?
R – Probidade é honradez, e
faz parte da justiça. O homem probo deve ter um caráter retilíneo, pureza e
integridade em todos os seus atos. Amará a eqüidade, a decência, e jamais se
apossará do que não lhe pertence por direito divino.
P – Que é indulgência?
R – É o legítimo sentimento
fraternal, que faz esquecer as ofensas e defeitos do próximo. A indulgência –
sempre conciliadora – é boa conselheira em todas as circunstâncias da vida.
P – Até onde podemos e
devemos entender o perdão?
R – Até onde Jesus o
definiu: quando perdoardes ao vosso próximo, não vos deveis contentar em correr
o véu do esquecimento sobre as suas faltas, mas tereis de fazer tudo o que
puderdes em seu benefício. Se, depois de tudo isso, ele permanecer como o filho
da perdição, entregai-o à sua própria sorte, determinada pelo seu
livre-arbítrio. A Lei de Deus o julgará.
P – Quais são os principais
males do homem?
R – O egoísmo, o orgulho, a
inveja, a cólera e a avareza são mais cruéis do que a fome e a sede. A cólera
arrasta o homem ao desvario, compromete a sua saúde e, às vezes, sua vida. O egoísmo
é o maior obstáculo à felicidade dos povos, pois dele se originam todas as
misérias da guerra. Avareza, negação da Caridade exclui o exercício de grande
número de virtudes, porque acorrenta a alma aos bens terrestres. A inveja
produz o pesar e o desgosto pela felicidade alheia, roendo as próprias
entranhas do invejoso. O orgulho é a causa das grandes ambições e dissidências
entre os homens e os povos. Para todos esses males só há um remédio: alfabetização
espiritual, como a definiu a LBV na sua Cruzada de Reeducação Geral. Só a
Verdade vos libertará – repete o Cristo.
P – Que devemos pensar do
jogo?
R – É uma paixão funesta,
que pode arrastar o homem ao suicídio e fazer que ele se converta num dos seres
mais egoístas do mundo. O jogador se transforma num joguete dos espíritos maus,
que o reduzem à condição de parasito social, alérgico a todos os sentimentos
nobres. Já obsidiado na sua fome insaciável de ouro, chega ao ponto de
sacrificar a sua família e, se ocupar lugar elevado diante dos homens, também
sacrificará todos os seus dependentes à sua loucura.
P – E que devemos pensar do
fumo e da bebida?
R – São elementos de
destruição da saúde. O verdadeiro cristão não se deixa escravizar por nenhum
vicio: domina todos eles, porque lhe cumpre conservar o corpo até ao final da
sua missão na Terra.
P – Quando desencarna, que
leva o rico para o outro mundo?
R – Nada. Apenas a lembrança
do Bem e do Mal que praticou.
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