O AMOR UNIVERSAL
P – Observamos que a
Revelação do Novo Mandamento aclara, de modo extraordinário, o entendimento das
Sagradas Escrituras. Como o CEU da LBV define a Caridade, como a entendia
Jesus?
R – Sem o Novo Mandamento
não teriam mais sentido as Escrituras, na Era Apocalíptica. Ele é TODA A
CARIDADE, porque é o Amor Universal acima de todas as concepções mesquinhas,
dos homens e credos sectarizados. Não é só benevolência para com todos,
indulgência para com as imperfeições humanas e perdão das ofensas. É como
afirma o próprio Cristo: “Ninguém tem maior amor do que este – DAR A SUA
PRÓPRIA VIDA PELOS AMIGOS E PELOS INIMIGOS”. Esta é a significação rela do seu
“Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei”; esta é a Caridade autêntica do
Novo Mandamento, como Quarta e Última revelação deste fim de ciclo. Aprimora e
supera os dois grandes mandamentos da Lei de Moisés: “Amar a Deus e ao próximo
como a si mesmo”. Por isso conclui Jesus: QUEM CUMPRE O MEU MANDAMENTO NÃO
MORRERÁ MAIS – JÁ PASSOU DA MORTE PARA A VIDA.
P – Como devemos considerar
a esmola?
R – O verdadeiro cristão,
que vive a Caridade do Novo Mandamento, vai ao encontro dos caídos na desgraça,
sem esperar que lhe estendam a mão. E o faz no cumprimento de um dever, sem
esperar recompensa, como ensinou o Mestre: “Que a mão esquerda ignore o que dá
a direita”. Basta que Deus saiba.
P – É natural o direito de
possuir bens de fortuna?
R – Sim, quando isso é feito
dentro da Lei Divina, em benefício da Humanidade. Deus Todo-Poderoso tem todos
os bens, todas as fortunas do Universo, e distribui tudo com TODOS OS SEUS
FILHOS. A estes cabe compreender.
P – Qual é o caráter da
propriedade legítima?
R – Só a legítima
propriedade que se adquire pela inteligência e pelo trabalho, sem prejuízo de
outrem.
P – À parte certos defeitos
e vícios, qual o sinal mais característico da imperfeição do homem?
R – O apego extemado às
coisas materiais, causado pelo egoísmo sem limites, pelo interesse pessoal
exclusivista, tal é a marca da inferioridade do homem.
P – Encontra-se em grau de
adiantamento quem faz o bem pelo prazer de amar a Deus e ao próximo,
desinteressadamente?
R – Sim, é bem mais evoluído
que aquele que faz o bem alculado, não por impulso natural do coração.
P – Há culpabilidade em
estudar e criticar os defeitos alheios?
R – Se isso é feito com o
objetivo de humilhar a sagrada pessoa humana, há muita culpabilidade. Mas, se
isso visa a que outros não caiam nos mesmos erros, pode ser útil. É preciso,
porém, muito cuidado, como adverte o Senhor: “Não julgueis, para não serdes
julgados”. Só mesmo Deus pode julgar a cada um de seus filhos.
P – Pode o homem, pelos seus
esforços, vencer suas más inclinações?
R – Sem dúvida, o homem que
se dispões a isso, é sempre ajudado pelos bons Espíritos. Geralmente, o que lhe
falta é Boa Vontade.
P – Entre os defeitos, ou
imperfeições da alma, qual o que pode ser considerado principal?
R – O egoísmo, a marca
inconfundível da ignorância espiritual. Do egoísmo é que provém todos os males.
Estudando as imperfeições em geral, vemos que – no fundo de todas elas – reside
o egoísmo, sempre incompatível com a Justiça, o Amor e a Caridade.
P – Qual o meio de destruir
o egoísmo?
R – O egoísmo diminui com o
esclarecimento espiritual, com o predomínio da vida moral sobre a vida
material. E desaparecerá com o conhecimento, que o Espírito da Verdade traz,
sobre o estado futuro, real, da criatura humana depois da morte, sem as
fantasias, ou ficções alegóricas, da falsa religião. Desde que sejam bem
compreendidas, as Quatro Revelações solucionam os problemas humanos e sociais,
fazendo com que o personalismo desapareça na grandeza do conjunto.
P – Quais são as verdadeiras
características do homem de Bem?
R – O verdadeiro homem de
bem é o que – com Boa Vontade – pratica as leis divinas, vivendo o Novo
Mandamento de Jesus. É aquele que, interrogando sua consciência, sente-se
desobrigado das más ações, tais como ter violado a Lei de Deus, ter procedido
mal, ter deixado de fazer todo o bem possível, ter dado motivo a que se queixem
dele e, enfim, ter deixado de fazer aos outros tudo o que desejaria que lhe
fizessem.
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