JOÃO,
O BATISTA – IV
P – Foram muito oportunas as
lições do CEU, da LBV, sobre o “mistério da morte”, que para nós não tem,
agora, mistério algum. Quais as instruções da LBV sobre “o mistério do
nascimento”?
R – Falam os Evangelistas,
assistidos pelos Apóstolos: – Quanto ao nascimento nada há de fatal senão o
tempo e as condições determinadas para que ele se dê, segundo as leis naturais
e imutáveis que regulam a reprodução em vosso planeta. Mas o livre arbítrio do
homem, ou da mulher, pelas resoluções assentadas antes da encarnação, pode
obstar ao nascimento em absoluto, ou temporariamente: em absoluto –
subtraindo-se à lei de reprodução pela escolha da prova de esterilidade durante
a vida toda; temporariamente – escapando ao influxo dessa lei durante um
período de tempo determinado, pelas resoluções anteriores à encarnação,
caso este em que a cessação da esterilidade ficará dependendo de atos, ou
circunstâncias, que se hão de verificar, como conseqüência daquelas resoluções
do Espírito. De modo que, quando a mulher (até então estéril) se tornou, no
modo de pensar dos homens, capaz de conceber por efeito do tratamento da
ciência, o que se deu foi a ação dos atos ou circunstâncias que haviam de fazer
cessar a sua condição de estéril, de acordo com as resoluções que seu Espírito
fixara, antes de reencarnar, objetivando passar pela prova da esterilidade
temporária. Com relação àquela em que o tratamento da ciência nenhum
resultado produziu, o que se deu foi que o momento não chegou, ou porque a
esterilidade deva ser uma condição de toda a sua existência, de acordo com as
resoluções tomadas pelo seu Espírito antes de reencarnar; ou porque, devendo a
esterilidade ter uma duração limitada, não se verificaram os atos ou
circunstâncias que, ainda como resultado dessas deliberações, lhe haviam de
ocasionar a cessação. A CIÊNCIA DE QUE DISPÕES VOSSA HUMANIDADE MATERIAL NADA
PODE PRODUZIR CONTRARIAMENTE ÀS LEIS DA NATUREZA, DA REENCARNAÇÃO, DA ESCOLHA E
DURAÇÃO DAS PROVAS. Se o Espírito se submeteu, por provação, a uma esterilidade
permanente, NADA será capaz de destruí-la. Se, porém, preferiu a alternativa –
ou ficar estéril, ou tornar-se fecundo, de acordo com esta ou aquela
circunstância, este ou aquele merecimento – então lhe será dado ver
modificar-se o seu futuro humano. Figuremos um exemplo: certo Espírito
negligenciou de seus deveres de chefe de família ou de mãe dedicada. Toma a
firme resolução de reparar seus erros, mas não ousa entrar na esfera da família
antes de estar seguro de ter a perseverança necessária; ou se condena a uma
longa espera, que lhe torne ainda mais caro o nascimento do filho desejado.
Dele, portanto, da sua resolução, dos seus progressos, depende seguir o caminho
da constituição do lar. Só então lhe será possível empregar os meios capazes de
determinarem a satisfação do seu desejo; só então poderá a ciência ajuda-lo na
conquista do seu objetivo, uma vez que, sob as determinações que tomou antes de
reencarnar, seus atos, ou uma circunstância, um acidente estranho (na
aparência) à sua vontade, o colocam na hora propícia à cessação da
esterilidade. Assim, em certos casos, o auxílio da ciência será eficaz, no
sentido de concorrer para facilitar, no reencarnado, o desenvolvimento dos
fluídos necessários à reprodução. MAS O CERTO É QUE, EM TAIS CASOS, A
ESTERILIDADE CESSARIA SEM A INTERVENÇÃO DA CIÊNCIA. De sorte que os casos, nos
quais a esterilidade tenha de cessar, constituem para ciência (cujo o auxílio
não é indispensável, de modo algum) apenas motivo de estudo dos meios a
empregar, com o fim de desenvolver os fluídos necessários à concepção. Não quer
isto dizer que deveis renunciar às pesquisas da ciência: ela é um dos meios de
realização dos desígnios providenciais. À ciência compete, pelas suas
investigações, levar o homem à descoberta de tudo quanto, até hoje, se
considerou como mistério ou segredo da natureza. Assim é que muitos
reencarnados se apresentam, na marcha do tempo e do progresso, sujeitos a
provas que confirmam os resultados obtidos, as conquistas realizadas.
Compreendei bem o nosso pensamento quanto ao mistério da fecundação humana:
ele vos será brevemente explicado, mas só a poder de provações, de estudos, de
perseverança, chegará o homem a ler corretamente no livro misterioso. Ora, é
exatamente para facilitar as indagações, animas os investigadores, que muitos
Espíritos reencarnam, trazendo por missão servir de objeto de estudos, ou de
experimentações, se o preferis. Daí vem que, alguns resultados imprevistos,
encorajando o homem a tentar pesquisas mais profundas, o levarão – seguindo a
marcha progressiva do vosso planeta e da sua Humanidade no caminho da
purificação – a compreender as combinações fluídicas que formam a matéria.
Então ele saberá materializar os fluídos; mais prudente, porém, e mais humilde,
não procurará anima-los, deixando ao Criador o cuidado de lhes enviar a
centelha vivificadora. Não vos equivoqueis sobre o sentido destas palavras: não
se vos diz que o homem, como o oleiro que manipula a argila, para fazer uma
imagem que se lhe assemelhe, manejará os fluídos para, à sua vontade, os
condensar e formar corpos materiais idênticos aos vossos. O que se vos diz,
apenas, é que ele saberá compreender, definir, atrair a si os fluídos, para
atingir o resultado da formação dos corpos, como sucede em planetas mais
adiantados que a Terra, onde os fluídos necessários são atraídos uns para os
outros pela simples ação de um duplo e uniforme pensamento. Pois o mesmo
acontecerá no vosso planeta, quando houver alcançado este grau de elevação.
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