A VIDA DE JESUS – VIII
P – Como pode Jesus parecer
aos homens um menino recém-nascido e se desenvolver, crescer como criança
terrena e, sucessivamente, percorrer, na aparência, as fases de
desenvolvimento da infância, da adolescência e da idade viril em nossa
humanidade?
R – Diz o Espírito da
Verdade: – Esta é uma questão que podeis resolver, sem a formulardes. O
perispírito, que servia de invólucro a Jesus, se desenvolvia aos olhos dos
homens, de maneira a lhes dar a ilusão do crescimento humano. Não aprendestes
que o perispírito é da mesma natureza do vosso corpo? Que impossibilidade
podeis ver, aos olhos dos homens, em que o perispírito revista aparentemente as
mesmas propriedades que tem o vosso corpo, e em que os fluídos que o compõem
sejam, igualmente, aptos a se desenvolverem e aumentarem? Para vos darmos explicação
completa a este respeito, teríamos de entrar em minúcias sobre a natureza dos
fluídos, e isso ainda não é oportuno. Mas, por que haveis de achar impossível
que os fluidos, reunidos pela ação da poderosa vontade do Cristo, tenham
seguido marcha progressiva de aparente dilatação aos olhos humanos? Um
Espírito, ainda que inferior, um Espírito da ordem dos vossos, pode (e não
ignorais), com o seu perispírito, que constitui sua vida e sua individualidade,
afetar, revestir, a qualquer instante, todas as aparências, todas as formas,
MESMO TANGÍVEIS, sob a condição – única – de lhe ser dado tomar de empréstimo
os fluidos animalizados, necessários à produção do efeito desejado. Um Espírito
Superior, que tem o poder de assimilar os fluidos animalizados ambientes,
espalhados na atmosfera, NÃO PRECISA DE SEMELHANTE EMPRÉSTIMO. Como pretender
que um Espírito Superior, descendo das regiões mais elevadas até vós, mediante
a assimilação do seu perispírito às regiões que tenha de percorrer, não possa –
à vontade – figurar as fases do desenvolvimento de um ser humano, pela
assimilação dos fluidos ambientes, que servem à formação dos vossos seres, e
pela dilatação aparente dos fluidos do seu perispírito, ASSIM ADAPTADO E
TORNADO TANGÍVEL? A vontade potente de Jesus, Espírito Perfeito, Espírito
integrado na Divindade do Pai, reuniu em torno de si os materiais necessários à
execução da obra e nas condições precisas a que a obra se executasse. Já
explicamos que Jesus constituiu um perispírito de longa tangibilidade, humanizado
com o auxílio dos fluidos ambientes que servem à formação dos seres terrestres,
E QUE ELE, À SUA VONTADE, DEIXAVA E RETOMAVA. Ora, com esse perispírito,
possível lhe era revestir, aos olhos dos homens, quando bem lhe
aprouvesse as aparências da infância, da adolescência e da idade viril da vossa
humanidade, e figurar a marcha progressiva, com as fases do desenvolvimento de
uma criatura humana. Dissemos e repetimos: Jesus crescia aos olhos dos homens,
MAS, AOS OLHOS DE DEUS, ERA SEMPRE O MESMO, ISTO É, ESPÍRITO, ESPÍRITO
DEVOTADO, DESEMPENHANDO SUA MISSÃO.
P – Qual o sentido destas
palavras do versículo 51: “Maria guardava todas essas palavras no seu
coração”?
R – Tais palavras significam
que, no pensamento e na inteligência da Virgem, cada vez mais penetrava e se
confirmava a mensagem do Anjo sobre a missão do Cristo. Para ela, como para
José, a época até então mais frisante fora a daquela separação por três dias,
nas circunstancias em que se verificou, abrindo ensejo ao aparecimento de Jesus
entre os doutores, no templo, onde lhe deu a resposta que a preparou para
compreender que SUA TUTELA NÃO ERA NECESSÁRIA. Essa resposta, esclarecendo-os
mais e despertando, nela e em José, a lembrança da origem do “menino”, origem
que ambos tinham por “divina” e “milagrosa”, os preparou também para
compreenderem o caráter e o fim da missão de Jesus, o Cristo de Deus.
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