quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

 

 

A VIDA DE JESUS – VIII

 

P – Como pode Jesus parecer aos homens um menino recém-nascido e se desenvolver, crescer como criança terrena e, sucessivamente, percorrer, na aparência, as fases de desenvolvimento da infância, da adolescência e da idade viril em nossa humanidade?

 

R – Diz o Espírito da Verdade: – Esta é uma questão que podeis resolver, sem a formulardes. O perispírito, que servia de invólucro a Jesus, se desenvolvia aos olhos dos homens, de maneira a lhes dar a ilusão do crescimento humano. Não aprendestes que o perispírito é da mesma natureza do vosso corpo? Que impossibilidade podeis ver, aos olhos dos homens, em que o perispírito revista aparentemente as mesmas propriedades que tem o vosso corpo, e em que os fluídos que o compõem sejam, igualmente, aptos a se desenvolverem e aumentarem? Para vos darmos explicação completa a este respeito, teríamos de entrar em minúcias sobre a natureza dos fluídos, e isso ainda não é oportuno. Mas, por que haveis de achar impossível que os fluidos, reunidos pela ação da poderosa vontade do Cristo, tenham seguido marcha progressiva de aparente dilatação aos olhos humanos? Um Espírito, ainda que inferior, um Espírito da ordem dos vossos, pode (e não ignorais), com o seu perispírito, que constitui sua vida e sua individualidade, afetar, revestir, a qualquer instante, todas as aparências, todas as formas, MESMO TANGÍVEIS, sob a condição – única – de lhe ser dado tomar de empréstimo os fluidos animalizados, necessários à produção do efeito desejado. Um Espírito Superior, que tem o poder de assimilar os fluidos animalizados ambientes, espalhados na atmosfera, NÃO PRECISA DE SEMELHANTE EMPRÉSTIMO. Como pretender que um Espírito Superior, descendo das regiões mais elevadas até vós, mediante a assimilação do seu perispírito às regiões que tenha de percorrer, não possa – à vontade – figurar as fases do desenvolvimento de um ser humano, pela assimilação dos fluidos ambientes, que servem à formação dos vossos seres, e pela dilatação aparente dos fluidos do seu perispírito, ASSIM ADAPTADO E TORNADO TANGÍVEL? A vontade potente de Jesus, Espírito Perfeito, Espírito integrado na Divindade do Pai, reuniu em torno de si os materiais necessários à execução da obra e nas condições precisas a que a obra se executasse. Já explicamos que Jesus constituiu um perispírito de longa tangibilidade, humanizado com o auxílio dos fluidos ambientes que servem à formação dos seres terrestres, E QUE ELE, À SUA VONTADE, DEIXAVA E RETOMAVA. Ora, com esse perispírito, possível lhe era revestir, aos olhos dos homens, quando bem lhe aprouvesse as aparências da infância, da adolescência e da idade viril da vossa humanidade, e figurar a marcha progressiva, com as fases do desenvolvimento de uma criatura humana. Dissemos e repetimos: Jesus crescia aos olhos dos homens, MAS, AOS OLHOS DE DEUS, ERA SEMPRE O MESMO, ISTO É, ESPÍRITO, ESPÍRITO DEVOTADO, DESEMPENHANDO SUA MISSÃO.

 

P – Qual o sentido destas palavras do versículo 51: “Maria guardava todas essas palavras no seu coração”?

 

R – Tais palavras significam que, no pensamento e na inteligência da Virgem, cada vez mais penetrava e se confirmava a mensagem do Anjo sobre a missão do Cristo. Para ela, como para José, a época até então mais frisante fora a daquela separação por três dias, nas circunstancias em que se verificou, abrindo ensejo ao aparecimento de Jesus entre os doutores, no templo, onde lhe deu a resposta que a preparou para compreender que SUA TUTELA NÃO ERA NECESSÁRIA. Essa resposta, esclarecendo-os mais e despertando, nela e em José, a lembrança da origem do “menino”, origem que ambos tinham por “divina” e “milagrosa”, os preparou também para compreenderem o caráter e o fim da missão de Jesus, o Cristo de Deus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

  A DOUTRINA DO CEU   P – Qual a Doutrina do Centro Espiritual Universalista da LBV?   R – Ela unifica, neste fim de ciclo, todos os...