O LONGO APRENDIZADO
P – Estamos gostando muito
das lições simples, e ao mesmo tempo tão profundas, do CEU. De que modo se
instruem os Espíritos?
R – Estudando o seu passado
e buscando, sempre, novos meios de se elevarem no progresso infinito.
P – Os Espíritos conservam
as paixões que tinham na Terra?
R – Os inferiores, sim. Mas
os Espíritos adiantados, quando largam o invólucro material, conservam apenas
as boas inclinações, esquecendo todo o mal.
P – Os Espíritos necessitam
de luz para ver?
R – Só os que ainda se
encontram envoltos nas trevas da ignorância. Os que se libertam do mau
procedimento, graças ao conhecimento da Verdade, não precisam de luz exterior
para ver, pois têm em si mesmos a sua própria luz.
P – As faculdades de ouvir e
ver residem em todo o ser espiritual?
R – Sim, todas as percepções
são atributos dos Espíritos e fazem parte do seu próprio ser.
P – O poder e a consideração,
de que goza no mundo, dão ao homem alguma superioridade no outro mundo?
R – No mundo dos Espíritos
si se reconhecem a superioridade intelectual, moral e espiritual.
P – Qual é natureza das
relações entre Espíritos bons e os maus?
R – Os bons procuram
combater as más inclinações dos maus, a fim de nos ajudar a progredir. Os maus,
pelo contrário, procuram induzir ao mal os que ainda são inocentes.
P – Os Espíritos antipáticos
chegarão a ser simpáticos?
R – Evidente. Todos serão
simpáticos, a medida que pratiquem o Bem, de reencarnação em reencarnação.
P – O Espírito pode
recordar-se das suas existências passadas?
R – Sim, se ele desejar, da
mesma forma que um viajante relembra as peripécias de sua viajem.
P – O corpo é um obstáculo à
livre manifestação das faculdades do Espírito?
R – Sim, do mesmo modo que
um vidro opaco se opõe a livre emissão da luz.
P – Depois da morte, os
Espíritos conservam o Amor à pátria?
R – Sim, mas de outro modo:
para eles, a Pátria é o Universo, sem ódios nem guerras.
P – Os Espíritos continuam
sensíveis à recordação daqueles a quem amaram na Terra?
R – Muito, e essa recordação
aumenta sua felicidade, se já são felizes; ou lhe serve de alívio, se ainda são
desgraçados.
P – Os Espíritos são
sensíveis às honras que se fazem aos seus despojos materiais?
R – Sim, quando conservam as
preocupações materiais; não, quando já compreendem a inutilidade dessas coisas.
P – O Espírito, que se
considera bastante infeliz, pode prolongar indefinidamente esse estado?
R – Não, pois o progresso é
uma necessidade que, cedo ou tarde, é sentida pelo Espírito. Todos devem
progredir, eis o destino.
P – Os Espíritos participam
de nossas desgraças e se afligem com os males que nos afligem?
R – Os Espíritos bons
participam de vossas alegrias e se afligem quando, não suportais com resignação
o que chamais de males; eles vêem que, dessa forma não podereis melhorar, tal
como o enfermo que recusa os remédios que o podem curar. Eles se afligem pelo
vosso egoísmo, porque é daí que se originam todos os males.
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