quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

 

 

BÍBLIA, BOA VONTADE, NOVO MANDAMENTO

 

P – Temos observado a síntese admirável da LBV: “A Bíblia por princípio, a Boa Vontade por base, o Novo Mandamento por fim”. Como o CEU explica isso ao povo?

R – O Positivismo prestou grandes serviços à Humanidade, principalmente no campo espiritual. Contemporâneos, Kardec, Comte e Roustaing ensinaram aos povos a examinar cientificamente as religiões. A Lei dos Três Estados ainda hoje faz sentir os seus efeitos, abalando os alicerces das crenças meramente humanas, sem nenhum amparo nas Leis Naturais. O lema positivista permanece, com um sentido altamente espiritual: O Amor por princípio, a Ordem por base, o Progresso por fim. Ora, toda a Doutrina do Amor está contida nas Sagradas Escrituras, Velho e Novo Testamentos da Bíblia; Ordem, neste planeta, só a conseguem os povos e nações pela prática irrecusável da Boa Vontade; Progresso, evidentemente, significa a felicidade de todos os homens, e isto se concretiza no Amor Universal, o Novo Mandamento do Cristo de Deus. Daí a síntese da LBV, abençoada pelo Espírito da Verdade: A BÍBLIA POR PRINCÍPIO, A BOA VONTADE POR BASE, O NOVO MANDAMENTO POR FIM.

 

P – Pode o homem gozar, neste mundo a felicidade perfeita?

R – Infelizmente, não. Mas depende do homem amenizar os seus males, ser tão feliz quanto possível, num plano de expiações como a Terra. Na maioria esmagadora dos casos, o homem é o causador da sua própria desgraça; mas, praticando o Bem, evita muitos males e proporciona a si mesmo a PAZ prometida aos Homens de Boa Vontade, ainda nesta existência grosseira. Se quereis ser felizes, sede bons, fazendo os outros felizes – eis a regra geral para todos. Se sofrerdes, mesmo cumprindo os vossos deveres, lembrai-vos do que Jesus sofreu por todos vós. Por tudo isso, deveis saber confiar e esperar, porque Deus vos dará o galardão da Vida Eterna.

 

P – Existe medida comum de felicidade para todos os homens?

R – Sim: na vida material, a posse do necessário; na vida moral, a consciência limpa; na vida espiritual, a certeza do futuro feliz.

 

P – Por que, em toda a Humanidade, as classes que sofrem são mais numerosas do que as felizes?

R – Não vos enganeis: ninguém é completamente feliz. Muita gente vos parece feliz; mas essa “felicidade” encobre grandes sofrimentos, que estias longe de compreender. Recordai que a dor é condição da Terra, lugar de expiação dos Espíritos atrasados, e aguardai mais um pouco: já se aproxima a grande separação do trigo e do joio, de ovelhas e bodes. É a Lei em marcha, dando a cada um de acordo com suas obras.

 

P – De onde provém, em tantas pessoas, o medo da morte?

R – Não há motivo para se temer a morte. Entretanto, isso também é conseqüência do temor do inferno, que lhes incutiram, desde a infância, os inquisidores da religião. Essas pessoas, quando chegam à idade da razão, não podem admitir tal inferno, e se tornam atéias ou materialistas: julgam, assim, que nada existe fora da vida presente. Mas àquele que for justo, diante de Deus, a morte não inspira medo algum, pois sua fé o induz a ter certeza do futuro: a Caridade que praticou, na vivência permanente do Novo Mandamento, lhe assegura que, na verdadeira vida – a espiritual – não achará ninguém cuja presença deva temer.

 

P – Que devemos pensar do homem carnal ou materialista?

R – Esse infeliz, totalmente apegado à vida corporal, só encontra penas e gozos materiais no mundo. Sua ambição consiste em satisfazer TODOS os seus desejos, dentro do sadismo e do masoquismo em que vive, completamente alucinado. Sua alma, constantemente preocupada, afetada pelas vicissitudes da vida, está numa contínua ansiedade, num perpétuo tormento. A morte o horroriza, porque duvida de seu futuro e deixa na Terra todos os seus gozos e esperanças. É a desgraça maior.

 

P – De onde provém o desgosto da vida?

R – Da falta de fé no futuro, porque não sabem o que fazem no mundo: nem por que nasceram, nem por que vivem, nem por que morrerão. Gente assim, habituada à ociosidade, prova que “cérebro desocupado é oficina de Satanás”: esse desgosto da vida já é o inferno interior.

 

P – Que é o materialismo?

R – É a conseqüência dos erros e crueldades da falsa religião. Como revide, tornou-se o materialismo a bandeira dos desiludidos e desesperados. A doutrina materialista é, agora, a sanção do egoísmo, a negação da Caridade, a justificação do suicídio e de todas as formas do homicídio. Sá a verdade do Cristianismo Real, o Cristianismo do cristo, poderá salvar os materialistas na Era do Apocalipse.

 

 

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