JESUS, O CRISTO DE DEUS
P – Diz a Igreja de Roma que
Jesus é Deus. Qual a orientação do CEU da LBV?
R – É exatamente a mesma do
Espírito da Verdade: – Uns vêem em Jesus, ao mesmo tempo, um homem igual a eles
no concernente ao envoltório corporal, isto é, revestido de um corpo material,
humano, sujeito à morte como qualquer homem do vosso planeta, concebido e
gerado no ventre da Virgem Maria, e O PRÓPRIO DEUS “milagrosamente” encarnado
no seio de uma virgem, mercê de concepção e geração por obra do Espírito Santo
e, EM RAZÃO DISSO MESMO, como conseqüência de gravidez e parto por obra do
Espírito Santo. Esses vêem, em Jesus, um Homem-Deus, atribuindo-lhe a
divindade, com a declaração de ser ele Deus mesmo, feito homem, mortal como
eles próprios, realmente morto no Gólgota, e ressuscitado graças
a ter o Espírito novamente entrado num cadáver humano. Outros vêem, em Jesus,
apenas um homem carnal como eles, um homem do planeta Terra, fruto da obra
humana de José e Maria, realmente morto no Gólgota e não
ressuscitado. Eis, na era cristã, sob o véu da letra, as duas crenças
humanas que sobreviveram a todas as hipóteses, a todos os sistemas, a todas as
interpretações, a todas as controvérsias e contradições humanas, e que separam
e dividem – em meio à multidão dos que duvidam e pesquisam – aqueles a quem se
chama cristãos ortodoxos e os denominados livres-pensadores. O
que assim é, como tudo o que foi e teve curso, desde o aparecimento de Jesus no
mundo, havia de o ser diante e depois das revelações hebraica e messiânica, sob
o império da letra – a título transitório – com o fim de preparar e conduzir os
homens ao advento do Espírito. Com efeito, as revelações hebraica e messiânica,
obra da vontade divina para o progresso da Humanidade, devem ser explicadas
segundo o espírito que vivifica, pois não há nada oculto que não seja
descoberto, e jamais rejeitadas, porque a letra – que deu os frutos que
devia dar – agora mata. Para o desenvolvimento do Espírito, para a
marcha gradativa da Humanidade na via do progresso físico, intelectual e também
moral, tudo tem, de acordo com a presciência de Deus, sua razão de ser nas
revelações sucessivas e ascensionais. Essas revelações sempre se conformam na
medida do que o homem pode compreender sob a influência do meio, preconceitos e
tradições, com o nível das inteligências e necessidades de cada época, sendo
ministradas a princípio – durante a longa infância da Humanidade – sob a capa
do mistério, sob o véu da letra, e depois – nos tempos
precursores da sua virilidade – segundo o espírito, isto é, EM ESPÍRITO
E VERDADE. Tudo, de há muitos séculos, fora preparado para esse objetivo,
mediante a era e a revelação hebraica, como também pelos Espíritos em missão
entre os gentios, ou seja, para a vinda de Jesus ao planeta e o desempenho da
sua missão terrena. A revelação hebraica anunciara a vinda do Messias sob
duplo aspecto do ponto de vista de sua origem e de sua natureza: a
princípio, dando-lhe origem e natureza humanas, devendo ele ser póstero
de Abraão, pertencer à casa de David; depois, intencionalmente,
apresentando-o sob a dúvida, o impreciso, a obscuridade e o véu da letra, com
origem e natureza extra-humanas, estranhas às leis de reprodução da
Terra, devendo ser concebido e gerado por uma virgem, milagrosamente,
com um caráter divino; deveriam os homens cognomina-lo “Emmanuel”, isto é, DEUS
CONOSCO. De acordo com as interpretações dadas às profecias, segundo a letra,
os judeus aguardavam o Messias predito e prometido, filho de David, tendo-o por
um libertador material, chamado a lhes proporcionar a reconquista de sua
independência e de sua nacionalidade, e mais ainda – a expansão do seu domínio
e do seu império sobre todos os povos e nações do mundo. Mas a verdade
começaria a surgir após o desempenho da missão terrena de Jesus. Antes de findo
o primeiro século da era nova, aberta pelo Cristo, o Apóstolo Mateus, Marcos
(discípulo do Apóstolo Pedro), Lucas (discípulo do Apóstolo Paulo) e o Apóstolo
João que haviam reencarnado em missão para esse propósito já tinham
escrito os Quatro Evangelhos, sob a influência e inspiração dos Espíritos do
Senhor – cada qual em seu gênero e no tempo em que suas palavras deveriam
sucessivamente manifestar-se considerando os níveis das inteligências e
aspirações daquela época. Os Evangelhos eram destinados a, reciprocamente,
explicar-se e completar-se. E chamados pela vontade de Deus, a conservar e
transmitir às gerações futuras, sem interrupção, a grande obra da Revelação
Messiânica: eram o código da renovação do mundo, monumento imperecível que, em
seu caráter de OBRA DA VERDADE, realizada pela vontade divina, deveria com o
passar dos tempos ver cair-lhe aos pés tudo quanto, apócrifo ou falso, se havia
de produzir ou ser fruto dos erros humanos; obra que viria a ser a fonte e a
regra da fé, a princípio sob o véu da letra, mas depois, sob o reinado do
Espírito, à luz do Novo Mandamento, na era nova do CRISTIANISMO DO CRISTO.
Agora o mundo inteiro pode compreender que Jesus, o Cristo de Deus, não é Deus
nem jamais afirmou fosse Deus. Todas as suas palavras, intencionalmente veladas
pela letra, ou mesmo não veladas, dispostas a servir à sua época e a preparar o
futuro, a constituir – pelo espírito que vivifica – base da vindoura revelação,
por ele predita e prometida, do Espírito da Verdade, protestam contra a
divindade que lhe atribui a casta sacerdotal organizada. Jesus não é Deus,
porque DEUS É UM SÓ, porque não há outro Deus senão o Pai, que é o único e
verdadeiro Deus – eterno, imutável, infinito, que cria (não, porém, pela
divisão de sua essência), Criador incriado, de quem TUDO E TODOS recebem o ser.
E Jesus não foi um homem carnal como iremos provar na explicação dos Evangelhos
harmonizados e unificados pela vontade de Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário