JESUS,
O CRISTO – II
P – Louvamos a franqueza com
que o CEU declara: todos estes ensinamentos não são de homens, por mais
célebres que sejam; são do próprio Jesus, através do seu porta-voz – o Espírito
da Verdade! Agora, entendemos melhor o martírio inenarrável do Mestre, durante
a sua missão na Terra. Por que o fizeram sofrer tanto?
R – O homem é orgulhoso. A
descida de um Espírito do Senhor não lhe teria bastado: tinha de ser um Deus!
Não esqueçais que os judeus se achavam em contato direto com os romanos; que as
idéias e costumes dos conquistadores se infiltram sempre no povo do país
conquistado; que, assim, as idéias politeístas vieram a encontrar-se com o
monoteísmo. A vida e os atos de Jesus; sua “morte” e sua “ressurreição”; os
fatos que se seguiram; a interpretação humana dada às “suas palavras”; a
divulgação feita pelos discípulos, uma vez terminada a missão, do que o Anjo
(ou Espírito) anunciara à Virgem Maria e depois a José, acerca daquela
concepção e daquela gravidez, obra do Espírito Santo, e como tal consideradas
“sobrenaturais”, “miraculosas”, “divinas” – criaram para os judeus a necessidade
de multiplicarem a divindade, tentando manter a unidade na pluralidade. E assim
se explica a origem do que os homens chamaram “o dogma das três pessoas”. O
materialismo esmagava o mundo com o seu peso carnal e o mundo perecia, porque
toda a carne apodrece. Cumpria ergue o Espírito e dar-lhe a força de lutar
contra a matéria. Para se conseguir tal objetivo era indispensável que o mundo
tivesse diante dos olhos UM EXEMPLO IMATERIAL, imaterial sob o ponto de vista
da divindade atribuída ao Cristo, não durando a sua materialidade, para os
homens, mais que um tempo muito restrito e não passando de um meio de
comunicação. Na apresentação deste exemplo em vosso mundo é que está segando as
mistas humanas, O MILAGRE, porque – aos olhos dos homens – houve derrogação das
leis estabelecidas. Aí não há, porém, nenhum milagre: a vontade imutável de
Deus não derroga NUNCA às leis naturais por Ele promulgadas desde de toda a
eternidade. Como vereis pela explicação que vos daremos, na medida do que a
vossa inteligência (obscurecida pela carne) pode receber e comportar, o que
houve FOI APLICAÇÃO DAS LEIS QUE REGEM OS MUNDOS SUPERIORES E ADAPTAÇÃO DESSAS
LEIS AOS VOSSOS FLUIDOS, isto é, do planeta que habitais. Maria era um Espírito
Puro, que descera à Terra com a sagrada missão de cooperar com Jesus na obra da
regeneração humana. Em comunhão com os Espíritos do Senhor, mas submetida à Lei
da Reencarnação, material, humana, tal qual a sofreis, a Virgem era médium
vidente, intuitivo e audiente, no sentido de ter consciência do ser que se lhe
apresentava e da predição que lhe fazia. Sua inteligência entorpecida pelo
invólucro material, não estava em estado de lembrar-se. É o que explica tenha
feito sentir ao Anjo, ou Espírito, a impossibilidade de conceber durante a
virgindade. Era preciso que, tanto quanto os homens, a Virgem desconhecesse a
origem espiritual do Filho, que lhes era anunciado. A explicação que daremos da
concepção, da gravidez e, portanto do parto de Maria, como obra do Espírito
Santo, vos fará compreender que, não devendo conhecer aquela origem, ela de
fato não a tenha conhecido e HAJA ACREDITADO NA SUA MATERNIDADE. Os judeus, de
acordo com as suas tradições e as interpretações dadas ao Antigo Testamento,
criam que o próprio Deus se comunicava diretamente com os homens; que o
Espírito Santo era a inteligência mesma de Deus, a se manifestar por um ato
qualquer. Isso explica a resposta do Anjo, ou Espírito, ao anunciar – primeiro
a ela, depois a José – a concepção no seio de uma virgem, a gravidez e o parto,
como obra do Espírito Santo. A resposta era adequada, segundo a vontade do
Senhor, ao estado geral das inteligências, de modo a poder ser escutada e
compreendida, apropriada às necessidades da época, tendo em vista os
acontecimentos que iam ocorrer, preparando a Humanidade para o que teria de
saber mais tarde, mediante uma nova Revelação, quando fossem chegados os tempos
em que a pudessem suportar. Ora, para os judeus que esperavam um chefe
temporal, capaz de lhes reanimar a nacionalidade, de lhes reavivar as glória,
de os constituir em povo livre, preciso era um chefe que, afastando-se do
programa humano, lhes fizesse compreender NÃO SER SEU REINO DO PLANO TERRA. Na
verdade, eles tinham a idéia fixa de oferecer um sacrifício ao Deus terrível
que, segundo o seu modo de ver, se deleitava com o fumo dos holocaustos. E,
para que o sacrifício fosse realmente grande, aqueles a quem era proibido
sacrificar homens a Deus – SACRIFICARAM DEUS A SI MESMO!
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