JOÃO, O BATISTA – VII
P – Damos graças a Deus pela
pregação libertadora do CEU, em obediência à ordem do Mestre: “Ide e Pregai”.
Só mesmo a Boa Vontade nos conduz ao Novo Mandamento pelo caminho da Verdade,
que liberta o homem da ignorância espiritual e de todas as suas lamentáveis
conseqüências. Como a LBV define o Espírito Santo?
R – Segundo o modo de ver
dos tempos hebraicos e dos tempos evangélicos durante a permanência de Jesus
entre vós, Espírito Santo era expressão familiar aos judeus, significando a
manifestação mesma de Deus, por um ato qualquer, e a inspiração divina – “o
sopro do próprio Deus”. Para exprimir que João era inspirado por Deus, dizia-se
que ele estava cheio do Espírito Santo, que o Espírito Santo estava nele, que
era impelido pelo Espírito Santo, que agia por um movimento do Espírito de Deus.
O mesmo foi empregado com relação a Jesus. Era a expressão própria do tempo em
que os homens não entendiam como Jesus – que supunham fosse homem igual aos
demais e de cuja origem, essência e natureza nada sabiam – podia libertar-se
tanto da fraqueza humana sem estar cheio do Espírito Santo, sem que o Espírito
Santo estivesse nele, sem ser impelido pelo Espírito, isto é, sem ser inspirado
por Deus do mesmo modo que os profetas. Conforme à concepção dos tempos
seguintes à missão terrena de Jesus e à doutrina da Igreja de Roma, o ]Espírito
Santo era uma parte individualizada do próprio Deus! Uma fração de Deus
revestira a forma humana, para descer visivelmente aos terrícolas, sendo outra
fração a inteligência ou inspiração divina, que se transmitia aos homens, capaz
– se necessário fosse – de se materializar diante deles! No âmago dessas falsas
interpretações, havia mistura de idéias hebraicas, de idéias politeístas,
acidentalmente panteístas e confusa reminiscência de idéias espirituais, cujos
traços a tradição conservara e das quais a imaginação do homem se apropriou –
como sempre – adaptando-as às suas necessidades e conveniências. Somente a
Terceira Revelação, trazida ao mundo pelos Espíritos do Senhor, veio revelar a
Luz da Verdade, afirmando: o Espírito Santo, de modo geral, não era – e não é –
um Espírito especial, mas uma designação figurada, que indicava – e indica – O
CONJUNTO DOS ESPÍRITOS PUROS, DOS ESPÍRITOS SUPERIORES E DOS BONS ESPÍRITOS!
É a Falange Sagrada, instrumento da ordem hierárquica da elevação moral e intelectual,
ministra de Deus – uno, indivisível, eterno, infinito – que irradia por toda
parte SEM JAMAIS SE FRACIONAR, e cujas vontades e inspirações só os Espíritos
Puros recebem diretamente para as transmitir aos Espíritos Superiores, e por
meio destes aos Bons Espíritos, que – através da escala espiritual – as fazem
chegar até vós. É a Falange Sagrada que promove a execução de acordo com as
leis gerais estabelecidas, imutáveis e eternas, das inspirações e vontades do
Criador nos planos físico, moral e intelectual, objetivando a organização, o
funcionamento, a realização da vida e da harmonia universais, na imensidade dos
mundos, mais ou menos materiais, mais ou menos fluídicos, de todo o Universo;
na infinidade dos Espíritos, quer errantes, quer material ou fluidicamente
encarnados, quer fluidicamente incorporados e investidos do livre arbítrio; na
multiplicidade de todos os seres, em todos os reinos da Natureza! É a Falange
Sagrada, verdadeira providência divina, executora – pelas vias hierárquicas de
elevação moral e intelectual, na imensidade, nos mundos espirituais e em todos
os planetas, inferiores e superiores – da justiça e da misericórdia infinita de
Deus, Pai de todos e de tudo o que existe! Portanto, estar cheio do Espírito
Santo, ser impelido pelo Espírito Santo, agir por um movimento do Espírito de
Deus era – e é – ser assistido, inspirado, guiado pelos Espíritos do
Senhor, Espíritos estes que o reencarnado atrai a si, na conformidade da sua
elevação moral e intelectual, de acordo com a natureza e a importância da obra
ou da missão que lhe cumpre realizar. Se assim era João, o Batista, que devemos
dizer de Jesus? ESPÍRITO PERFEITO, puro entre os mais puros que
presidem, sob a sua direção, os destinos, o desenvolvimento e o progresso da
Terra e de sua Humanidade, encaminhando-os sempre, Jesus, cuja perfeição se
perde na noite da eternidade – Espírito Protetor e Supremo Governante do vosso
planeta, vosso e nosso Mestre – operava não sob influência estranha, MAS POR
SI MESMO. Poderíamos, pois, dizer que era impelido pelo Espírito, no
sentido de que – permitindo-lhe sua elevação aproximar-se do CENTRO DA
ONIPOTÊNCIA, ele recebia diretamente as inspirações de Deus.
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