quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

 

LBV É SIMPLIFICAÇÃO

 

P – Temos lido autores eruditos, que fazem livros difíceis de entender. Exemplo: a distinção entre Alma e Espírito. Qual a orientação do CEU a respeito?

R – A maioria é assim mesmo. Esses autores querem impressionar o público, deslumbrar os leitores com seus conhecimentos. Não pensam, nem de leve, na salvação de tantos que se desviaram do caminho de Deus. Essa diferença entre Espírito e Alma não traz nenhum proveito ao povo, na sua ânsia de entender as Revelações de Jesus. Para os positivistas, a alma está na cabeça do homem, e se reduz às dezoito funções simples do cérebro. Para nós, entretanto, essas faculdades só funcionam quando o Espírito anima o corpo humano, principalmente a cabeça.

 

P – Para o CEU, quantos princípios há no homem?

R – Três, a saber: 1- O corpo, análogo aos dos animais e animado por um princípio vital; 2 – A Alma, ser imortal ou Espírito encarnado no corpo; 3 – O perispírito, laço intermediário que liga a Alma ao corpo, espécie de invólucro semi-material.

 

P – Que é Alma?

R – O Espírito que encarnou (ou reencarnou).

 

P – As Almas e os Espíritos são a mesma coisa?

R – Sim, porque – antes de se unir ao corpo – a Alma era um dos seres inteligentes que povoam o mundo invisível.

 

P – Que vem a ser a Alma, depois da morte do corpo?

R – Torna-se Espírito.

 

P – A Alma conserva sua individualidade depois da morte?

R – Sim, e não a perde nunca.

 

P – Como é que a Alma pode manifestar sua individualidade no mundo dos Espíritos?

R – Por meio do seu perispírito, corpo fluídico, o qual se modifica de acordo com o seu progresso.

 

P – Que é que a Alma sente no momento da morte?

R – Conforme tiver sido a sua vida, assim ela experimenta uma sensação agradável ou desagradável. Quanto mais pura ela for, tanto melhor compreende a futilidade dos gozos que deixou na Terra.

 

P – Que sensação tem a Alma, quando se reconhece no mundo espiritual?

R – Depende: se ela praticou o mal, sente-se envergonhada de o ter feito; se praticou o Bem, sente-se aliviada, tranqüila e feliz.

 

P – É dolorosa a separação entre o corpo e a Alma?

R – Não: a Alma sente, apenas, uma perturbação que desaparece pouco a pouco.

 

P – Todas as almas experimentam essa perturbação, com a mesma duração e intensidade?

R – Isso depende do seu adiantamento. A Alma, quando já está purificada, se reconhece quase imediatamente, ao passo que as outras conservam, às vezes por muito tempo, a impressão da mataria.

 

P – O conhecimento do Espiritismo, tal como foi codificado por Allan Kardec, diminui o tempo dessa perturbação?

R – Sim, e muito: depois do estudo da Terceira Revelação, o Espírito compreende com antecedência o seu estado. Mas isso não o exime do sofrimento que ele possa merecer. A pratica do Bem, produzindo a consciência limpa, influi mais que qualquer conhecimento sobre o estado espiritual.

 

P – Limitam-se os pais a dar aos filhos um corpo material, ou também lhe transmitem uma parte de sua Alma?

R – Os pais lhes dão somente o corpo, pois a Alma é indivisível. A prova disso está em que pais analfabetos produzem filhos geniais, enquanto filhos boçais são gerados por pais de talento.

 

P – Como podemos definir as Almas ou Espíritos?

R – São os seres inteligentes da Criação Divina, os quais promovem o movimento fora do mundo material.

 

P – Os Espíritos ocupam uma região determinada, circunscrita no espaço?

R – Eles estão em toda parte. Mas nem todos podem ir aonde querem, pois há regiões vedadas aos menos adiantados.

 

P – Empregam os Espíritos algum tempo em percorrer o espaço?

R – Sim, mas isso é rápido como o pensamento, pois a vontade de um Espírito exerce mais poder sobre o seu corpo fluídico, ou perispírito, do que podia exercer sobre um corpo denso e grosseiro, quando encarnado.

 

P – A matéria serve de obstáculos aos Espíritos?

R – Não, porque tudo é penetrado por eles: o ar, a terra, a água, e até mesmo o fogo, assim como o cristal é penetrável aos raios solares.

 

 

 

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