LBV É SIMPLIFICAÇÃO
P – Temos lido autores
eruditos, que fazem livros difíceis de entender. Exemplo: a distinção entre
Alma e Espírito. Qual a orientação do CEU a respeito?
R – A maioria é assim mesmo.
Esses autores querem impressionar o público, deslumbrar os leitores com seus
conhecimentos. Não pensam, nem de leve, na salvação de tantos que se desviaram
do caminho de Deus. Essa diferença entre Espírito e Alma não traz nenhum
proveito ao povo, na sua ânsia de entender as Revelações de Jesus. Para os
positivistas, a alma está na cabeça do homem, e se reduz às dezoito funções
simples do cérebro. Para nós, entretanto, essas faculdades só funcionam quando
o Espírito anima o corpo humano, principalmente a cabeça.
P – Para o CEU, quantos
princípios há no homem?
R – Três, a saber: 1- O
corpo, análogo aos dos animais e animado por um princípio vital; 2 – A Alma,
ser imortal ou Espírito encarnado no corpo; 3 – O perispírito, laço
intermediário que liga a Alma ao corpo, espécie de invólucro semi-material.
P – Que é Alma?
R – O Espírito que encarnou
(ou reencarnou).
P – As Almas e os Espíritos
são a mesma coisa?
R – Sim, porque – antes de
se unir ao corpo – a Alma era um dos seres inteligentes que povoam o mundo
invisível.
P – Que vem a ser a Alma,
depois da morte do corpo?
R – Torna-se Espírito.
P – A Alma conserva sua
individualidade depois da morte?
R – Sim, e não a perde
nunca.
P – Como é que a Alma pode
manifestar sua individualidade no mundo dos Espíritos?
R – Por meio do seu
perispírito, corpo fluídico, o qual se modifica de acordo com o seu progresso.
P – Que é que a Alma sente
no momento da morte?
R – Conforme tiver sido a
sua vida, assim ela experimenta uma sensação agradável ou desagradável. Quanto
mais pura ela for, tanto melhor compreende a futilidade dos gozos que deixou na
Terra.
P – Que sensação tem a Alma,
quando se reconhece no mundo espiritual?
R – Depende: se ela praticou
o mal, sente-se envergonhada de o ter feito; se praticou o Bem, sente-se
aliviada, tranqüila e feliz.
P – É dolorosa a separação
entre o corpo e a Alma?
R – Não: a Alma sente,
apenas, uma perturbação que desaparece pouco a pouco.
P – Todas as almas
experimentam essa perturbação, com a mesma duração e intensidade?
R – Isso depende do seu
adiantamento. A Alma, quando já está purificada, se reconhece quase
imediatamente, ao passo que as outras conservam, às vezes por muito tempo, a
impressão da mataria.
P – O conhecimento do
Espiritismo, tal como foi codificado por Allan Kardec, diminui o tempo dessa
perturbação?
R – Sim, e muito: depois do
estudo da Terceira Revelação, o Espírito compreende com antecedência o seu
estado. Mas isso não o exime do sofrimento que ele possa merecer. A pratica do
Bem, produzindo a consciência limpa, influi mais que qualquer conhecimento
sobre o estado espiritual.
P – Limitam-se os pais a dar
aos filhos um corpo material, ou também lhe transmitem uma parte de sua Alma?
R – Os pais lhes dão somente
o corpo, pois a Alma é indivisível. A prova disso está em que pais analfabetos
produzem filhos geniais, enquanto filhos boçais são gerados por pais de
talento.
P – Como podemos definir as
Almas ou Espíritos?
R – São os seres
inteligentes da Criação Divina, os quais promovem o movimento fora do mundo
material.
P – Os Espíritos ocupam uma
região determinada, circunscrita no espaço?
R – Eles estão em toda
parte. Mas nem todos podem ir aonde querem, pois há regiões vedadas aos menos
adiantados.
P – Empregam os Espíritos
algum tempo em percorrer o espaço?
R – Sim, mas isso é rápido
como o pensamento, pois a vontade de um Espírito exerce mais poder sobre o seu
corpo fluídico, ou perispírito, do que podia exercer sobre um corpo denso e
grosseiro, quando encarnado.
P – A matéria serve de
obstáculos aos Espíritos?
R – Não, porque tudo é
penetrado por eles: o ar, a terra, a água, e até mesmo o fogo, assim como o
cristal é penetrável aos raios solares.
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