JOÃO, O BATISTA – II
P – O Centro Espiritual
Universalista da Legião da Boa Vontade, está prestando um grande serviço ao
povo, sedento das verdades eternas. Como o CEU explica a missão de Isabel?
R – Diz o Espírito da
Verdade: – Acontece com a fecundidade da mulher o que se dá com a fecundidade
da planta. Os fluidos, que transportam o pólen para a flor, depositam o germe
no seio materno. Mas assim como o pólen se perde no espaço, se não é chegada a
hora da reprodução, também o germe humano se aniquila, sem produzir frutos. Não
acrediteis que haja, para cada planta, para cada ser organizado, um Espírito
especialmente incumbido de lhe comandar a reprodução. A ação espiritual existe,
mas é geral, exercendo-se sobre a massa. Os fluidos que vos cercam são
divididos conforme às necessidades – tanto da planta, presa ao solo, quanto do
homem que procura elevar-se para o céu. O nascimento de cada novo ser se
verifica a seu tempo, e só ao seu tempo. Quer com relação à planta, quer com
relação aos animais, a formação dos corpos materiais e o nascimento se dão na
hora certa, e obedecem às leis gerais. Ocorre o mesmo relativamente ao homem,
com esta diferença: aí a formação do corpo e o nascimento são conseqüência de
resoluções tomadas (antes da encarnação) pelo Espírito, cujo invólucro material
terá de reproduzir ou não, ou reproduzir somente em certas épocas, de acordo
com aquelas resoluções. Como sabeis, o Espírito escolhe suas provas. Não lhe
cabe compor a matéria do corpo que há de revestir; mas, conforme as provações
escolhidas, ele pede, antes de reencarnar, que esse corpo seja adequado às
provas que lhe cumpre enfrentar. É, pois, o Espírito que, pela ação da sua
vontade, congrega os elementos necessários e repele os impróprios ao fim
visado. Quem prepara esses elementos são os Espíritos prepostos à formação dos
corpos em geral. Eles atraem as matérias animais, para as condensar e formar os
corpos, desempenhando assim, segundo as leis gerais, o encargo que lhes toca na
parte humana dos reencarnados, a fim de que esses corpos sejam apropriados ao
gênero de provas que os Espíritos terão de suportar: daí as diferentes posições
no seio da Humanidade. Ora, o Espírito que vai continuar as suas provas pede,
antes de reencarnar, seja a fecundidade material, seja a esterilidade durante
todo o tempo da existência, seja ainda a esterilidade ou a fecundidade
temporárias, que cessem em épocas determinadas, de acordo com o gênero das provações
escolhidas. Resulta que o Espírito, desde os primeiros momentos da encarnação,
atrai ou repele os fluídos favoráveis à procriação. Daí os nascimentos
inoportunos ou a ausência da concepção: em tais casos, a influência e a ação
espirituais apenas se verificam como resultado do pedido do próprio Espírito,
isto é, da sua vontade, no momento em que escolheu as provas. Os Espíritos
prepostos à formação dos corpos, em geral, agem desde o primeiro momento, para
determinar a fecundidade ou a esterilidade, congregando ou dispersando os
fluídos necessários à fecundação, até aquele instante em que as condições do
reencarnado devam mudar. Uma vez disposto e preparado o corpo para o gênero de
provas escolhido, quer se trate de esterilidade, quer da fecundidade, antes que
o ocupe o Espírito para quem ele foi formado, submetidos os fluídos respectivos
à direção dos Espíritos prepostos, este se limitam a exercer a vigilância
precisa para que a prova siga o seu curso, para que os acontecimentos se
realizem convenientemente. Assim, o Espírito que escolheu a prova da
esterilidade temporária, tomando o corpo com que a suportará, repele, durante
certo tempo, os fluídos que servem à fecundidade e, terminado esse tempo, passa
a atrair os mesmos fluídos, sempre sob a vigilância dos Espíritos prepostos.
Agora, procurai refletir: Zacarias, marido de Isabel, no uso de seus direitos,
rogara muitas vezes ao Senhor que o libertasse do opróbrio que pesava sobre o
seu lar, concedendo-lhe um filho. Isabel, por sua vez, tinha pedido – dentro
das linhas da missão que escolhera e para servir aos desígnios do Senhor – a
esterilidade temporária. Daí vem que as condições humanas não se mostraram de
molde a favorecer a maternidade, até ao momento em que aqueles desígnios se
haviam de cumprir. Aos olhos dos homens, a súplica de Zacarias foi ouvida, pois
se verificou o nascimento desejado; mas, do ponto de vista espiritual, o que se
deu foi a cessação da prova da esterilidade. Tendo soado a hora da concepção e
do nascimento, veio ao mundo aquele que seria o precursor de Jesus.
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