quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

 

 

OBRA DO ESPÍRITO SANTO – VII

 

P – Agora, compreendemos porque Jesus afirmou que João era o maior dos nascidos de ventre de mulher: porque este não foi o caso do Cristo de Deus. Que diz mais a respeito, o Espírito da Verdade?

 

R – A gravidez de Maria foi apenas aparente e fluídica, por obra do Espírito Santo, isto é, dos Espíritos prepostos a essa obra, os quais operaram por meio do magnetismo espiritual. Sim, o “aparecimento” de Jesus, efetuado de acordo com a vontade de Deus, apropriada ao nível das inteligências daquele tempo, sob o véu de um nascimento apenas aparente, foi manifestação espiritual, tangível, IGUAL ÀS QUE SE PRODUZEM EM TODAS AS ÉPOCAS E AINDA HOJE PODEIS OBSERVAR. A única diferença a registrar entre aquela e estas manifestações, é que ali, o perispírito, muito humanizado pela ação poderosa do Mestre sobre os fluidos que vos cercam era – com todas as aparências da vida terrestre – apto a conservar uma longa tangibilidade, que existia ou cessava ao arbítrio do Cristo, conforme ao exigido pelo tempo, oportunidades e atos da sua missão entre vós. Estava reservado ao Paráclito dizer-vos tudo aquilo que a Humanidade não podia entender, quando Jesus desceu à Terra, mas que, veladamente, se encontrava nas palavras com que o Anjo fez a anunciação à Virgem Maria e, em sonho, advertiu a José. Estava-lhe reservado levantar o véu quando fossem chegados os tempos; colocar no corpo da letra (que agora mata) o Espírito (que vivifica); explicar o erro que a letra e a ignorância dos séculos haviam de engendrar (e engendraram) até aos vossos dias, enfim ensinar-vos a verdade que o progresso das inteligências já vos permite receber e guardar. É preciso repetir: Jesus não tomou um corpo material humano, formado no seio de uma virgem, com derrogação das Leis naturais, imutáveis que regulam a reprodução no vosso planeta e nos outros mundos materiais; A VONTADE DE DEUS JAMAIS DERROGA AS LEIS DA NATUREZA QUE ELE PRÓPRIO FORMULOU DESDE TODA A ETERNIDADE. Não, Jesus não tomou um corpo humano material igual aos vossos, por obra de Maria e José. Afirmar ao contrário seria inquinar de falsidade e impostura o que a ambos disse o Anjo enviado por Deus. O Paráclito vem explicar, em Espírito e Verdade, as palavras do Anjo do Senhor, mal interpretadas porque as tomaram ao pé da letra, com ignorância do sentido que devia ser dado a estas proposições: “Aquele que nela se gerou foi formado pelo Espírito Santo. – O Espírito Santo virá sobre ti, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com sua sombra”. O Paráclito vem substituir o erro pela verdade; vem ensinar aos homens que, como obra do Espírito Santo, isto é, dos Espíritos do Senhor, tudo foi espiritual, estranho a qualquer ato humano, material – regido pelas leis da encarnação no vosso planeta – quer se trate da concepção no seio de uma virgem, dando lugar a uma gravidez apenas aparente (devida a uma ação fluídica emanada daqueles Espíritos); quer se trate do parto, por sua vez também aparente, destinados uma e outro – como já o explicamos fartamente – a produzir ilusão em Maria e gerar nela crença em fatos que devia considerar reais e atestar; quer se trate, finalmente, do aparecimento de Jesus sob o aspecto de uma “criancinha” tal como teria acontecido, aos olhos dos homens, num “nascimento real”. De uma vez por todas, essa aparecimento (obras e feitos espirituais) se produziu pelo emprego e combinação de fluidos superiores e inferiores de acordo com as LEIS NATURAIS E IMUTÁVEIS que vos temos revelado, mediante a aplicação e a adaptação dessas leis. E agora, uma palavra final em resposta aos que citam a Primeira Epístola de João, em seu quarto capítulo, para afirmar que “são falsos profetas os que negam ter Jesus vindo em carne ao vosso mundo”. Não quis o Evangelista referir-se ao corpo do Cristo mas à condição humana que tomou (Verbo feito carne), para o cumprimento da sua missão sacrificial. Visava ele aos que, até hoje esperam a vinda do Mestre, enquanto nós já anunciamos sua volta.

 

 

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