OBRA
DO ESPÍRITO SANTO – VII
P – Agora, compreendemos
porque Jesus afirmou que João era o maior dos nascidos de ventre de mulher:
porque este não foi o caso do Cristo de Deus. Que diz mais a respeito, o
Espírito da Verdade?
R – A gravidez de Maria foi
apenas aparente e fluídica, por obra do Espírito Santo, isto é, dos
Espíritos prepostos a essa obra, os quais operaram por meio do magnetismo
espiritual. Sim, o “aparecimento” de Jesus, efetuado de acordo com a vontade de
Deus, apropriada ao nível das inteligências daquele tempo, sob o véu de um
nascimento apenas aparente, foi manifestação espiritual, tangível, IGUAL ÀS QUE
SE PRODUZEM EM TODAS AS ÉPOCAS E AINDA HOJE PODEIS OBSERVAR. A única diferença
a registrar entre aquela e estas manifestações, é que ali, o perispírito, muito
humanizado pela ação poderosa do Mestre sobre os fluidos que vos cercam era –
com todas as aparências da vida terrestre – apto a conservar uma longa
tangibilidade, que existia ou cessava ao arbítrio do Cristo, conforme ao
exigido pelo tempo, oportunidades e atos da sua missão entre vós. Estava
reservado ao Paráclito dizer-vos tudo aquilo que a Humanidade não podia
entender, quando Jesus desceu à Terra, mas que, veladamente, se encontrava nas
palavras com que o Anjo fez a anunciação à Virgem Maria e, em sonho, advertiu a
José. Estava-lhe reservado levantar o véu quando fossem chegados os tempos;
colocar no corpo da letra (que agora mata) o Espírito (que vivifica); explicar
o erro que a letra e a ignorância dos séculos haviam de engendrar (e engendraram)
até aos vossos dias, enfim ensinar-vos a verdade que o progresso das
inteligências já vos permite receber e guardar. É preciso repetir: Jesus não
tomou um corpo material humano, formado no seio de uma virgem, com derrogação
das Leis naturais, imutáveis que regulam a reprodução no vosso planeta e nos
outros mundos materiais; A VONTADE DE DEUS JAMAIS DERROGA AS LEIS DA NATUREZA
QUE ELE PRÓPRIO FORMULOU DESDE TODA A ETERNIDADE. Não, Jesus não tomou um corpo
humano material igual aos vossos, por obra de Maria e José. Afirmar ao
contrário seria inquinar de falsidade e impostura o que a ambos disse o Anjo
enviado por Deus. O Paráclito vem explicar, em Espírito e Verdade, as palavras
do Anjo do Senhor, mal interpretadas porque as tomaram ao pé da letra, com ignorância
do sentido que devia ser dado a estas proposições: “Aquele que nela se gerou
foi formado pelo Espírito Santo. – O Espírito Santo virá sobre ti, e a virtude
do Altíssimo te cobrirá com sua sombra”. O Paráclito vem substituir o erro pela
verdade; vem ensinar aos homens que, como obra do Espírito Santo, isto é, dos
Espíritos do Senhor, tudo foi espiritual, estranho a qualquer ato
humano, material – regido pelas leis da encarnação no vosso planeta – quer se
trate da concepção no seio de uma virgem, dando lugar a uma gravidez apenas
aparente (devida a uma ação fluídica emanada daqueles Espíritos); quer se trate
do parto, por sua vez também aparente, destinados uma e outro – como já o
explicamos fartamente – a produzir ilusão em Maria e gerar nela crença em fatos
que devia considerar reais e atestar; quer se trate, finalmente, do
aparecimento de Jesus sob o aspecto de uma “criancinha” tal como teria
acontecido, aos olhos dos homens, num “nascimento real”. De uma vez por todas,
essa aparecimento (obras e feitos espirituais) se produziu pelo emprego e
combinação de fluidos superiores e inferiores de acordo com as LEIS NATURAIS E
IMUTÁVEIS que vos temos revelado, mediante a aplicação e a adaptação dessas
leis. E agora, uma palavra final em resposta aos que citam a Primeira Epístola
de João, em seu quarto capítulo, para afirmar que “são falsos profetas os que
negam ter Jesus vindo em carne ao vosso mundo”. Não quis o Evangelista
referir-se ao corpo do Cristo mas à condição humana que tomou (Verbo feito
carne), para o cumprimento da sua missão sacrificial. Visava ele aos que, até
hoje esperam a vinda do Mestre, enquanto nós já anunciamos sua volta.
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