BATISMO DE JESUS
P – Nos tempos modernos,
ninguém mais aceita a Bíblia sob o véu da letra, que mata. No Brasil, muita
coisa mudou desde que a LBV começou a pregar a Palavra de Deus sem “mistério”.
Como o CEU explica o batismo de Jesus?
R – O Espírito da Verdade
harmoniza os Evangelhos Sinóticos, para responder: Mateus, cap. III, vs. 13-17;
Marcos, cap. I, vs. 9-11; Lucas, cap. III, vs. 21-22. São estas passagens:
MATEUS: 13 – Então Jesus veio
da Galiléia ao Jordão, para ser batizado. 14 – Mas João protestava, dizendo:
“Eu é que devo ser batizado por ti, e tu vens a mim?” 15 – Jesus lhe respondeu:
“Isto é necessário por ora, pois convém cumprirmos toda a justiça”. João
concordou. 16 – Uma vês batizado, Jesus logo saiu da água, e eis que os céus se
abriram, e ele viu descer sobre si o Espírito de Deus em forma de uma pomba. 17
– Imediatamente uma voz ecoou no céu, dizendo: “Este é meu filho bem-amado, em
que ponho a minha complacência”.
MARCOS: 9 – Eis o que sucedeu
naqueles dias: Jesus veio de Nazaré, que fica na Galiléia, e foi batizado por
João. 10 – Logo que saiu das águas do Jordão, Jesus viu os céus se abrirem e o
Espírito de Deus descer em forma de uma pomba e pairar sobre ele. 11 – E uma
voz do céu se fez ouvir, dizendo: “És meu filho bem-amado; pus em ti as minhas
complacências”.
LUCAS: 21 – sucedeu que, ao
tempo em que João batizava todo o povo, também Jesus foi por ele batizado. E,
enquanto orava, o céu se abriu, 22 – e desceu sobre ele o Espírito Santo na
forma corpórea de uma pomba. E ouviu-se do céu uma voz que dizia: “Tu és meu
filho dileto; ponho em ti as minhas complacências.
Jesus, cuja origem
espiritual agora conheceis, Espírito puro por excelência, Espírito Perfeito,
não precisava de ser batizado com água por João, de receber um batismo de
penitência para remissão de pecados, ele que nenhum pecado tinha, que
nenhum pecado confessou, que não trazia, para ser lavado, um corpo de lama como
os vossos. Não precisava, também, de receber o batismo em espírito Santo e
em fogo, ele cujo o Espírito era de pureza perfeita e imaculada, ele que,
ao contrário, vinha ministrar esse batismo – primeiro, aos Apóstolos incumbidos
de pregar e ensinar, pelo exemplo, a sua moral sublime; depois, a todos os que
se tornassem dignos de ser assim batizados, praticando a sua Lei de Amor,
propagando-a pela palavra e pelo exemplo. POR QUE, ENTÃO, FOI JESUS RECEBER DE
JOÃO, DIANTE DE TODOS, O BATISMO DA ÁGUA NO JORDÃO, como faziam o povo e
quantos acorriam às margens daquele rio? Para – desde o momento em que entrava
a desempenhar publicamente a sua missão, pregar pelo exemplo de humildade; para
receber do próprio Deus – à vista de todos e em confirmação das palavras que,
antes da sua chagada, proferiu a seu respeito o Precursor – a consagração da
sua origem, do seu poder e da sua missão, como regenerador e SALVADOR DA
HUMANIDADE; para receber esta confirmação por manifestação derivada do próprio
Deus, produzida de modo a que os homens compreendessem que, FINALMENTE, DESCERA
À TERRA O ESPÍRITO CUJA VINDA OS PROFETAS, DESDE MOISÉS, HAVIAM ANUNCIADO. E
assim foi: Jesus desceu para pregar, dando de tudo exemplo marcante, para
oferecer e deixar aos homens um tipo, um modelo que eles imitassem e em cujas
pegadas caminhassem, para atingir a Perfeição. Durante a sua missão terrena,
convinha que passasse, a vista dos homens, por ser um homem como os outros,
sujeito a todas as provações da humanidade e delas triunfando,
exemplificando-lhes a prática do trabalho, da justiça, da caridade e do amor,
cujas leis ensinava, ministrando-lhes a luz e a verdade sob o véu da letra e o
manto da parábola, a fim de que o brilho de uma e de outra não ofuscasse, não
cegasse os olhos humanos de seu tempo. Cumprida essa missão, os homens – em
virtude das interpretações que davam aos fatos, de acordo com o estado das
inteligências, com as necessidades da época e com o que exigia a preparação
dos tempos futuros – teriam de ver um Deus, o próprio Deus naquele que lhes
viera trazer o tipo exato ou modelo da Perfeição Humana. Procurai seguir os
passos de Jesus, em todo o curso da sua aparente vida de homem comum, desde o
instante em que chega às margens do Jordão até aquele em que se consuma o
sacrifício no Gólgota, e o vereis a dar em tudo o exemplo, sempre o exemplo da
vida superior! Ao encetar essa missão sublime, Jesus se submete, como todos os
que iam ter com João, ao batismo pela água. Mas observai que, antes de Jesus
haver chegado ao Jordão, já o Precursor, falando ao povo, aos fariseus, aos
publicanos e aos soldados, a quantos tinham acorrido para ouvi-lo (os quais,
entre si, pensavam que bem podia ser ele o Cristo), dizia: “Eu, por mim, vos
batizo com água; mas outro virá, mais poderoso que eu e de cujas sandálias não
sou digno de desatar as correias, prosternado a seus pés, o qual vos batizará
com o Espírito Santo e com o fogo. Ele traz na mão sua joeira e limpará
perfeitamente o seu eirado; juntará o trigo no celeiro, mas queimará a palha
num fogo que jamais se extinguirá”. Estas palavras explicam por que, em
resposta ao pedido que Jesus lhe faz, João se escusa de o batizar, dizendo: “Eu
é que devo ser batizado por ti, e tu vens a mim?” E também explicam por que,
respondendo-lhe Jesus: “Convém cumprirmos toda a justiça”, isto é, DEVEMOS
PREGAR PELO EXEMPLO, João não opôs mais nenhuma resistência, tornando-se o
primeiro a dar o exemplo de submissão e de obediência do Mestre. Para
confirmação das palavras que João proferiu, diante de todos, antes da chegada
de Jesus, é que, quando o Cristo saiu das águas do Jordão, após o batismo, se
produziu – de conformidade com a época, as tradições hebraicas e o estado das
inteligências – a manifestação destinada a esclarecer os homens sobre a origem
e a missão do Salvador.
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