OBRA
DO ESPÍRITO SANTO – VIII
P – Há um ponto obscuro que
gostaríamos de ver aclarado. Tendo José e Maria, como tinham, parentes e
conhecidos em Belém, de que modo se explica terem de se acolher a um estábulo,
e ali deitarem o menino na manjedoura, por não haver lugar, para eles, na
hospedaria?
R – Explica o Espírito da
Verdade: grande era a afluência de viajantes, a ponto de exceder os limites da
hospitalidade, mesmo na hospedaria. Os hebreus, sobretudo os de ínfima classe,
não construíam casas para si mesmos como se fossem príncipes. Morava em Belém
um irmão de José; mas não tendo sido avisado de sua vinda, não pode recebe-lo,
porque outros hóspedes ocuparam toda a sua casa. José não era esperado: não
devendo afastar-se de Maria, atento à sua adiantada gravidez (aos olhos dos
homens), seu irmão é quem iria fazer por ele as declarações exigidas pela lei.
De fato, estando certo de não poder ir pessoalmente, José incumbiu seu irmão
Matias de inscreve-lo no registro censitário, assim como sua mulher e o filho,
que então já teria “nascido” e seria varão, pelo aviso que recebera do Anjo.
Não era crível que Maria, em tão adiantado estado de gravidez, se
aventurasse àquela caminhada. Por isso ninguém a esperava. Mas, impelida
pelo Espírito, para empregar a expressão das próprias Escrituras, isto é,
sob a inspiração do seu Anjo da Guarda, ela resolveu, à última hora, empreender
a viagem. ERA PRECISO que Jesus “nascesse” daquele modo, exatamente assim, num
lugar miserável, longe dos homens e de todos os socorros, a fim de dar
impressionante exemplo de humildade, para que também se simplificassem as
circunstâncias que lhe haviam de cercar o “nascimento”, como já vos explicamos.
Logo que a afluência de forasteiros diminuiu, ela foi recebida pelos parentes,
em casa do irmão de José. A notícia de que o menino “nascera” imediatamente se
espalhou, passando de boca em boca, como todas as notícias que os homens
transmitem. Zacarias e Isabel tiveram aviso do fato, não por essa forma, mas
por intermédio de José. Ambos se apressaram a adorar o menino Jesus.
Destituídos, porém, de utilidade para a obra evangélica, seus atos e palavras
nessa ocasião foram postos de lado, sepultados no silêncio: é que, tendo
desempenhado sua missão, os dois voltaram a obscuridade. Assim, não mais se
falaria deles, e realmente não se falou mais, verificando-se o mesmo com
relação a todos os outros Espíritos reencarnados, que haviam pedido a graça de
participar da obra de redenção que Jesus vinha executar.
P – Por que tantos teólogos
negam a Lei da Reencarnação? E qual a diferença entre REENCARNAÇÃO E
METEMPSICOSE?
R – Os teólogos que negam a
Lei da Reencarnação lhe opõem a teoria chamada criacionismo, isto é, as
almas são criadas diretamente por Deus, no instante do nascimento das criaturas
humanas. Esta idéia é esposada pelos teólogos católicos, para explicar que
Jesus e Maria não estavam sujeitos ao pecado original, porque suas almas foram
criadas especialmente por Deus. Que importa? Nem por isso deixa de
existir um aLei Universal, mas antiga que o vosso mundo. Quanto a metempsicose,
convém reler o que diz o cânon 1º do 5º Concílio Ecumênico de Constantinopla:
“Se alguém acredita na lendária preexistência das almas, que tem, como
conseqüência, a idéia monstruosa de que elas voltam, com o correr do tempo, ao
seu estado primitivo, seja condenado”. Como vedes, o que aí se condena,
evidentemente, não é a REENCARNAÇÃO, mas a METEMPSICOSE, que ensina poderem
as almas voltar a viver nos animais. Ora, isto condenamos todos nós, como
absurdo ou monstruoso, porque o Espírito não pode retroceder: é Lei de Deus.
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