quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

 

 

SEXTO MANDAMENTO

 

P – Como o CEU da LBV explica, em toda a sua profundidade, o Sexto Mandamento?

 

R – A LBV não admite, no Centro Espiritual Universalista, ensinamentos de mestres ou instrutores humanos. Toda a Doutrina do Novo Mandamento é do Cristo, através das Sagradas Escrituras, e dos Espíritos-Guias da Humanidade. Assim, mais uma vez, falam os Evangelistas, assistidos pelos Apóstolos e pelo próprio Moisés, sobre a Primeira Revelação: Os Dez Mandamentos da Lei de Deus. Hoje, o Sexto Mandamento – Não Matarás. Não corte aquele, que nada pode criar, o fio da existência das criaturas do Eterno, Deus Todo-Poderoso. Não deixe o homem que em seu coração se desenvolva o instinto destruidor, pois está longe de saber que responsabilidade assume. Este Mandamento, muito vago em seu enunciado, tem um alcance muito maior do que supondes, e ultrapassa de muito os limites do vosso ser. Em cada uma das fases do seu passado, a Humanidade o interpretou segundo as suas necessidades. Agora, já o pode entender de maneira a lhe ampliar a inteligência e conseqüente aplicação. Nos tempos antigos, o “não matarás” significava para os hebreus: “Não derramarás, sem motivo, o sangue de teu irmão”. Mas a pena de morte vigorava para o menor delito, e o sangue das vítimas oferecidas em holocausto corria incessantemente, sobre o altar e, tanto quanto os animais, não eram poupados os escravos. Mais tarde, a pena de morte se tornou menos aplicada. Só o era àquele cujo crime se tinha por bem comprovado. Os próprios animais passaram a ser, em parte, menos sacrificados, quando nada, nas cerimônias do culto. Entretanto, as guerras, a vingança e a crueldade continuaram – como continuam – a derramar sangue por todos os lados. Hoje, os que ouvem a nossa voz, mesmo aqueles que não a compreendem ou a consideram mentirosa, já se levantam contra a aplicação da pena de morte ao criminoso; lutam pelo momento em que não mais se alinhem homens diante de outros homens, para descarregarem, uns contra os outros, seus mortíferos projéteis; e alguns – os que nos atendem, em nome de Jesus – poupam a vida de todas essas criaturas fracas, que Deus lhe pôs no caminho, a fim de despertar a Caridade em seus corações e lhes fazer compreender a solidariedade universal. Mas, nos matadouros, o sangue ainda corre e, aos magotes, sob os golpes do cutelo assassino, caem as vítimas necessárias à alimentação humana. Brevemente, porém, o sangue deixará de ser derramado na Terra: depois do próximo e último Armagedon, o homem não matará, nunca mais. Amará e protegerá o fraco, quer seja este também um homem, quer seja um animal confiado à sua guarda. Compreenderá o Novo Mandamento do Cristo de Deus – A Lei do Amor – e saberá elevar-se acima das necessidades da carne, as quais ainda precisa satisfazer, porque correspondem à organização atual da máquina, mas que diminuirão gradativamente, à medida que o Espírito crescer em sabedoria e ciência, porque, de par com esse crescimento, também gradualmente se modificará o organismo humano. O progresso físico marcha e se desenvolve, paralelamente ao progresso intelectual, moral e espiritual, com os quais guarda relação. As consciências esclarecidas já se levantam, pedindo a abolição da pena de morte. São esforços generosos, no mundo inteiro. Ainda não chegou, porém, o momento: é preciso que se esclareçam as classes inferiores (não inferiores do ponto de vista das classes sociais, mas do adiantamento espiritual). Cabe a todos vós, homens e mulheres libertos da ignorância, com os vossos exemplos, apressar-lhe o advento realmente glorioso.

 

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