DEUS E O UNIVERSO
P – O CEU da LBV afirma que o
homem é uma parte do Ser dividido ao infinito, para o efeito de elevar-se do
infinitamente pequeno ao infinitamente grande, na individualidade e na
imortalidade. Como entender estas palavras?
R – Explicam os Evangelistas,
assistidos pelos Apóstolos e por Moisés: - Mal compreendidas, elas dariam
motivo a falsas interpretações nas idéias do panteísmo, idéias positivamente
errôneas. Neste particular, tudo vos será aclarado quando falarmos de Deus e da
origem da essência espiritual; do espírito (a origem da alma) e suas fases,
destinos ou fins; da origem dos mundos; de todas as criações de ordem material,
fluídica e espiritual. Deus, o Criador incriado, é pessoal e distinto da
criação e da criatura, como a causa é pessoal e distinta do efeito que ela
produz ou gera; como o infinito e pessoal e distinto do finito; como a
eternidade é pessoal do tempo, na duração que ela produz ou gera, relativamente
à criação. Deus, o Criador incriado, é pessoal e distinto das criaturas, que
são dele, nele e por ele mas não ELE; o homem é, portanto, uma parte do Ser
dividido ao infinito, para o efeito de elevar-se do infinitamente pequeno ao
infinitamente grande, na individualidade e na imortalidade. Deus, o Eterno, sem
princípio nem fim, inteligência, pensamento, fluído, habita (no dizer do
Apóstolo Paulo) uma luz inacessível, e possui – ele só – a imortalidade. O
fluido universal, que dele parte, é – por suas quintessências mediante todas as
combinações, modificações ou transformações por que ele o faz passar – o
instrumento, o meio de que se serve para realizar, no infinito e na eternidade,
pela ação de sua vontade onipotente, todas as criações materiais, fluídicas e
espirituais; a criação de todos os mundos, de todos os seres em todos os reinos
da natureza; a criação de tudo o que vive, de tudo o que se move, de tudo o que
é. Isso vos mostra o Espírito na origem de sua formação, como essência
espiritual saindo do Todo Universal, isto é, do conjunto dos fluídos espalhados
no espaço e que são a fonte de tudo o que existe, quer no estado espiritual,
quer no estado fluídico e também no estado material; como essência espiritual
formada da quintessência desses fluidos, pela Vontade do Onipotente, SÓ E ÚNICA
ESSÊNCIA DE VIDA NO INFINITO E NA ETERNIDADE. É ele quem anima essa
quintessência dos fluidos para lhe dar o ser, para – mediante uma combinação
sutil, cujo o poder somente se encontra nas irradiações divinas – fazer dela os
princípios primitivos do Espírito em germe e destinados aa sua formação. Neste
sentido é que as essências espirituais são parte do Ser dividido ao infinito,
para o efeito de se elevarem do infinitamente pequeno ao infinitamente grande,
individualizadas e imortalizadas. Aí resplandece a grande Lei de Atração Magnética,
Lei cuja ação se exerce por intermédio dos fluídos magnéticos, que nos envolvem
como se formássemos UM ÚNICO SER ajudando-nos a subir até Deus pela conjugação
das nossas forças. É a grande Lei da Atração Magnética ligando, no universo
infinito, todos os mundos, unindo todos os Espíritos, encarnados ou não, todas
as criaturas oriundas de Deus, o Criador incriado, imutável, eterno, infinito
como o Todo Universal de que fazemos parte, e que se acha perpetuamente
submetido ao seu comando. Tudo e todos têm dele, nele e por Ele o ser, presos
pelos laços da solidariedade e da unidade. Portanto, a Humanidade inteira deve
considerar-se uma única individualidade, um corpo imenso que, em cada
indivíduo, tem um membro ligado ao todo. Eis porque tudo tende à harmonia humana,
preparando o momento de poder elevar-se à harmonia celeste. Assim, amar ao
próximo como a si mesmo é conseqüência do amor de Deus. Jesus proclama o AMOR
como o caminho único para a perfeição e, portanto, para a vida eterna. É a
essência imortal do seu Novo Mandamento, conclui o CEU da LBV, sintetizando a
Primeira Revelação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário