quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

 

 

JOÃO, O BATISTA – VIII

 

P – Estamos profundamente emocionados com as lições do CEU, sem nenhum sectarismo religioso. Somente a LBV pode unificas todas as Revelações do Cristo de Deus. Voltando à figura de João, o precursor de Jesus, temos outra pergunta: – A aparição do Anjo a Zacarias (v. 11) se produziu tal como os Hebreus a figuravam, com forma humana?

 

R – Sim, os Hebreus representavam os Anjos vestidos de branco e o semblante nimbado de raios luminosos, cujo o foco não percebiam e, por vezes, lhes punham asas, para que o povo entendesse que eles podiam percorrer o espaço. Quanto às aparições que se têm dado, em outras épocas e no seio de outros povos, todas se produziram sempre nas mesmas condições, isto é, o Espírito sempre tomou a aparência mais apropriada a ferir a imaginação do homem, ou a lhe trazer à lembrança aquela que ele desejaria ter diante dos olhos.

 

P – Qual o sentido destas palavras do Anjo, falando de si mesmo (v. 19): “Sou Gabriel, sempre presente diante de Deus”?

R – Não deveis concluir, destas palavras, que esse Espírito estivesse continuamente diante de Deus, como qualquer ministro humano que aguarda as ordens do seu chefe. Sendo um Espírito elevado, um dos mensageiros do Senhor, estava por isso mesmo em relações permanentes com Ele. A inspiração divina lhe vinha como a do vosso Anjo da Guarda vos chega, levada em conta a diferença das naturezas espirituais e das relações que delas decorrem.

 

P – Por que meio se operou a mudez de Zacarias?

R – Pela ação fluídica, resultante da vontade do Anjo. Como vos explicaremos mais tarde, assim como existe um magnetismo humano, há também um magnetismo espiritual. Por efeito da ação espiritual imediata a língua de Zacarias foi carregada de fluídos, que a tornaram pesada, determinando uma espécie de paralisia aparente, da mesma forma que o magnetizador, quando quer imobilizar um dos membros do magnetizado, o torna extremamente pesado. O magnetismo, ainda muito imperfeito entre vós outros, é um derivado da nossa natureza: os vossos fluídos atuam mais ou menos, conforme a se acharem menos ou mais comprimidos ou desnaturados pela carne. No Espírito, porém, os fluídos são livres, e vos influenciam mais ou menos, conforme a vossa matéria, do mesmo modo que a influência do magnetizador se faz sentir mais ou menos, de acordo com o magnetizado, que pode ser mais ou menos lúcido, mais ou menos impressionável. Esta explicação pode bastar para todos os casos da categoria dos milagres: cabe a todos vós retirar daí a lição conveniente!

 

P – Em face do v. 25: – Porque Isabel se ocultou durante cinco meses após a concepção (v. 24), desde que, cessando a sua esterilidade, desaparecera o opróbrio que sobre ela pesava, segundo os preconceitos hebraicos?

R – Por ato de humildade, a fim de prolongar voluntariamente o opróbrio em que vivia.

 

 

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