quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

 

 

A VIDA DE JESUS – VI

 

P – Consideramos a Unificação das Revelações de Jesus A COISA MAIS IMPORTANTE DA NOSSA VIDA. É a grande devolução: AO CRISTO O QUE É DO CRISTO! Como devemos entender o que se segue à primeira referência de Jesus à sua divina missão?

 

R – Cumpria-lhe proferir aquelas palavras, que teriam de repercutir no futuro. Já vos foi revelado que Jesus, no templo, estava sentado entre os doutores, ouvindo-os e interrogando-os, e que todos aqueles que o escutavam FICARAM SURPRESOS DA SABEDORIA DE SUAS RESPOSTAS. Naquela idade de doze anos, que Jesus aparentava quando se mostrou no templo, os meninos se aplicavam à leitura, se informavam da tradição, se preparavam para estudar os comentários dos doutores, e por isso apresentavam suas dúvidas aos preceptores. Não é exato que nunca discutissem com os doutores. Dava-se o fato: o menino era provocado para uma discussão pública sempre que, relevando grande aptidão, podia fazer honra ao professor. Isso tinha de se dar – e se deu – com Jesus. Por ser estrangeiro em Jerusalém, e não estar sob a direção de nenhum “mestre”, nem por isso tomou ele assento, entre os doutores, como um desconhecido. Já dissemos que o irmão de José e o próprio José o haviam apresentado como descendente de David, segundo a linha da parentela ou descendência da tribo. Assim é que ele foi admitido a falar no templo. A princípio, teve de responder aos doutores, que eram levados a interroga-lo; depois, sentando-se, entrou a discutir, dando-lhes, por sua vez, a lição. Não acontece a vós, que não prestais atenção ao que dizem as crianças, ouvir atentamente as que vos parecem denotar uma inteligência e um adiantamento desproporcionados à idade que contam? Como pretendereis que, surpresos, maravilhados ante as primeiras respostas de Jesus às perguntas que lhe dirigiram, e ante as primeiras questões que ele propusera, não o impelissem a falar aqueles mesmos com quem viera discutir? Os doutores sabiam-no “descendente de David”, mas (e não é difícil, para vós, observar este ponto), quanto à sua identidade com o menino anunciado pelos magos, impossível seria verifica-la (ainda que tivessem pensado nisso), porque ignoravam em que família da tribo ele nascera e, com respeito ao Messias, estavam completamente tranqüilos, graças ao morticínio das crianças, ordenado por Herodes. Depois da discussão pública no templo, depois que José e Maria ali o encontraram, depois de dar à Virgem a resposta que foi a primeira referência ao seu divino apostolado, Jesus partiu com eles e voltou para Nazaré. Aí permaneceu com Maria até a época em que, sob a aparência de um homem de trinta anos, começou a desempenhar sua missão publicamente, as margens do Jordão. José “morreu”, algum tempo depois desse regresso. Mas que fez Jesus, durante o período de dezoito anos decorridos desde que regressou a Nazaré até à época da sua vida pública? Sua aparente “vida humana” transcorreu dividida entre o labor manual e a prática do amor, isto é, da permanente caridade para com todos que o cercavam. Passava por viver retirado e buscar a solidão. Cumpria todos os deveres ostensivos da humanidade, do ponto de vista da família e das relações com os pais e os vizinhos, submisso à Lei do Trabalho, que ele viria fazer com que fosse considerada a maior e a mais justa das leis, adotada por homens que, como vós, se revoltavam contra o seu “jugo”. Tendo vindo para pregar pelo exemplo, Jesus SEMPRE DEU O EXEMPLO. Mas, é preciso repetir, sua vida exterior não era íntima e vulgar como a vossa, e o gosto que parecia ter pela solidão o isentava de todas e quaisquer exigências da vida comum. A Virgem compreendia e animava esse gosto, por isso que, sob a influência dos Espíritos seus protetores, ela tendia sempre a ajudar aquele modo de viver do “filho”. Durante o tempo que não consagrava à prática da Lei do Trabalho, à prática do amor e da caridade, ao cumprimento de todos os deveres comuns da humanidade, Jesus “se ausentava”, parecendo à Virgem (e aos homens em geral) que repartia assim o tempo entre os deveres humanos e a prece, sem que jamais o tivessem visto fazer qualquer refeição, tomar qualquer alimento, seja em casa com a família, seja em qualquer outro lugar. O que a esse respeito vos dissemos, relativamente ao período que decorreu desde o seu “nascimento”, em Belém, até apresentar a idade de doze anos, se aplica ao período posterior, que vai do seu aparecimento no templo até ao começo da sua missão, sob a aparência de um homem de trinta anos. Jesus viu tudo o que era preciso ver, nesses dezoito anos. E sua “mãe” se habituava a essa existência, como já vos foi descrito e explicado. Ele se ausentava, isto é, desaparecia, quando o julgavam em retiro, e voltava às regiões superiores, onde pairava e paira ainda, nas alturas dos esplendores celestes, como ESPÍRITO PROTETOR E GOVERNADOR DA TERRA.


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