AO QUE TEM E AO QUE NÃO TEM
P – Muito nos interessa entender o sentido destas
palavras de Jesus, completando a parábola do semeador: “ Ao que tem mais ainda
se dará, em toda a plenitude”. Pelo CEU da LBV pode o Espírito da Verdade
transmitir o ensinamento do Cristo de Deus?
R – Sabendo, como sabeis, que o Espírito – ao revestir
um invólucro de carne, em vosso mundo – trás consigo o tesouro que pôde
acumular nas suas vidas anteriores facilmente compreendereis que ESSE TESOURO MAIS DEPRESSA AUMENTARÁ QUANTO
MAIS SÓLIDAS FOREM AS BASES SOBRE AS QUAIS SE CONSTITUI. Aquele que nasce,
com o desejo ardente de rapidamente progredir, tudo fará para o conseguir: a
luz lhe será tanto mais abundante quanto maior seja o ardor com que deseje
vê-la. Por isso, repetimos: MUITO SERÁ
DADO AO QUE JÁ TEM, E ELE FICARÁ NA ABUNDÂNCIA: ISTO É, AQUELE QUE QUER
PROGREDIR, E SE ESFORÇA POR CONSEGUI-LO, RECEBERÁ AMPARO DE TODOS OS LADOS.
“Mas ao que não tem – adverte Jesus – até mesmo o que tem lhe será tirado”
(Mateus, 12, Marcos, 25). “E ao que não tem se tirará até mesmo o que ele
julgue ter” (Lucas, 18). Estas palavras do Mestre precisam ser entendidas
segundo o espírito, jamais segundo a letra. Por isso é que Jesus disse, ao se
dirigir aos discípulos e à multidão: “ouça quem tiver ouvidos de ouvir”. O fim
com que foram proferidas era tornar mais frisante, para as inteligências
humanas, o pensamento de quem as pronunciava. Jesus se exprimiu assim para dar
mais força à imagem. Todo espírito encarnado possui alguma coisa. Por pouco que
haja progredido, antes de chegar ao vosso planeta, sempre tem algum progresso
feito. O pensamento velado do Mestre era este: AQUELE QUE TEM POUCO – SE TIRARÁ MESMO O QUE TENHA; AO QUE NADA TEM,
MAS JULGA TER, SE TIRARÁ MESMO O QUE JULGUE TER. Ao que tem pouco se tirará
mesmo o que tenha porque, conforme à explicação dada, indiferente, ao que
obteve, negligente em guardar o que recebeu deixará que as más paixões dominem
sua Alma; que os vícios e males que o oprimirão durante séculos, tomem o lugar
das virtudes em cuja posse já estivesse. Efetivamente, DA NEGLIGÊNCIA NA PRÁTICA DO BEM NASCEM AS RAÍZES DO MAL. Quando,
por indiferença, recusa alguém socorro ao desgraçado, não é porque seja mau o
coração de quem assim procede, mas sim por uma espécie de lassidão de espírito
que impede a criatura de atender no Bem que teria podido fazer. Falta, por
conseqüência, à caridade ensinada pelo Redentor. AQUELE QUE, VERIFICANDO SER MAU O CAMINHO 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário