DEUS E A VIDA UNIVERSAL – VII
P – A Doutrina do Novo
Mandamento de Jesus está interessando a muita gente, que nunca se preocupou com
Evangelho e Apocalipse. É uma prova de que está sendo cumprida a grande missão
do Centro Espiritual Universalista, da LBV! Pode o Espírito da Verdade
esclarecer outros pontos da vida e harmonia universais?
R – Sim, é a nossa maior
satisfação: libertar as Almas pelo conhecimento da Verdade. Prossigamos, pois.
Tempo longo, tempo cuja duração sois incapazes de calcular, demanda a
essência espiritual no estado de inteligência relativa, no estado de animal,
para adquirir, nesse reino, o desenvolvimento que lhe permita passar ao estado
intermediário, que lhe permita, a seguir, atravessar as espécies que
participam do animal e do homem. Depois de haver passado por todas essas
espécies intermediárias, ela permanece ainda longo tempo, cuja duração não
sois, igualmente, capazes de calcular, na fase preparatória da sua entrada
na humanidade, fase esta da qual, pela vontade do Senhor e mediante uma
transformação completa, sai o Espírito formado, com inteligência
independente, livre, responsável. Nessa grande UNIDADE DE CRIAÇÃO E DE TODOS OS
REINOS DA NATUREZA, tudo concorre para a vida e harmonia universais, segundo as
leis naturais, imutáveis e eternas, por meio de uma ação recíproca e solidária,
do ponto de vista da conservação, da reprodução e da destruição. Tudo concorre
para o desenvolvimento e para o progresso de todas criaturas. Tudo o que é,
vive e “morre”, nos reinos mineral e vegetal, todos os seres que, no reino
animal e no reino humano, vivem e “morrem”, desde do ser microscópico até ao
homem, tudo e todos têm um emprego, uma utilidade, uma função, que
tendem e servem para o desenvolvimento de cada espécie, para a vida e a
harmonia universais. Essa multidão de microscópicos animálculos, que olhos
carnais não logram ver, que só pela ação óptica do microscópio solar se tornam
visíveis, que se encontram espalhados no ar, na água, nos líquidos e nos
sólidos, concorrem para entreter e desenvolver a existência animal e a
existência humana, como os que vivem na água contribuem para a existência da
planta e os que se escondem na planta – para a alimentação do carneiro e do
cabrito que pastam. Em tais organizações, porém, é completa a ausência do
pensamento, que também não é o agente que leva o carneiro a morrer para
servir de alimento ao homem. Entretanto, a faca, que abre escoadouro ao sangue
do animal, liberta a inteligência relativa, o Espírito em estado de
formação e lhe proporciona ensejo de ser utilizado em melhores condições. É
pela passagem da essência espiritual, durante uma “eternidade”, por todos os
reinos da Natureza e pelas formas e espécies intermédias, mediante as quais
eles se encadeiam, que o desenvolvimento se opera numa progressão contínua, que
o pensamento surge e COMEÇA A EXISTÊNCIA MORAL. Não conclua o homem, porém, do
que dissemos, que deva destruir o que em torno dele existe, para auxiliar
aquele desenvolvimento: cairia num erro culposo! CADA UM TEM DE VIVER, MAS
SOMENTE VIVER. Não destrua, portanto, senão o que for estritamente necessário à
sua existência. Quanto ao mais, só a vontade soberana do Senhor pode prover.
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