INVOLUÇÃO E EVOLUÇÃO
P – Disse Jesus : “Não temais os, que matam o corpo,
mas que não podem matar a alma . Temei, sim, Aquele que pode precipitar a alma
e o corpo na geena; a esse , sim, eu vos digo, temei”. Como o Espírito da
Verdade interpreta essa passagem?
R – Tais palavras têm por fim, segundo o espírito, LIBERTAR O HOMEM DO AMOR A SI MESMO E
CHAMAR-LHE A ATENÇAO PARA O QUE, NELE NÃO PODE PERECER, isto é, para a Alma
filha de Deus, a inteligência que de Deus provem é que, partindo do
infinitamente pequeno para chegar ao infinitamente grande, tem de voltar a Ele,
na individualidade e na imortalidade. Os que tornaram a letra pelo espírito
consideraram a geena UM LUGAR MATERIAL E
CIRCUNSCRITO UM INFERNO A MANEIRA DO TÁRTARO DO PAGANISMO; A MANEIRA DA CLOACA,
DA CAVERNA QUE O REI JOSIAS MANDOU CONSTRUIR PERTO DE JERUSALÉM; ALI OS JUDEUS
LANÇAVAM AS IMUNDICIES DA CIDADE E OS CADAVERES PRIVADOS DE SEPULTURA; ALI SE
ALIMENTAVA UM FOGO CONTÍNUO, PARA CONSUMIR AS MATERIAS MAIS VÍS, MAIS
DESPREZIVEIS. A palavra “geena” (despojado da letra o espírito) é uma
expressão alegórica de significação complexa. Geena é a imensidade onde quando
errante o Espírito culpado passa pelos sofrimentos ou torturas morais
apropriados e proporcionais às faltas e crimes por ele cometidos. Geena
abrange, também as terras primitivas que todos os outros mundos inferiores, de
provações e expiações, onde – pela encarnação ou reencarnação – se vêem
lançados os Espíritos criminosos, a Alma e o corpo que ela reveste, corpo que,
para a Alma, é igualmente uma “geena”, como o são, na erraticidade, aqueles
sofrimentos ou torturas morais. Sim, NÃO
TEMAIS OS HOMENS, JAMAIS! Quando vos for preciso, para salvar a Alma,
sacrificar o corpo, não recueis diante dos que o podem matar E NADA MAIS. Temei , porem, Aquele que
pode, se falirdes nas vossas provas, lançar-vos – por ato da sua justiça,
sempre infalível, que se exerce para vossa melhoria e vosso progresso – na
geena dos sofrimentos, das torturas morais na erraticidade após a morte, na
geena da reencarnação na Terra e nos outros mundos de provações e expiação.
Repetimos: O HOMEM NÃO DEVE VER NO SEU
CORPO MAIS QUE UM ÍNVOLUCRO, O APARELHO, O INSTRUMENTO DAS PROVAÇÕES, DAS
EXPIACÕES, DA PURIFICAÇAO E DO PROGRESSO DO ESPIRITO, SE O ESPÍRITO, PORTANTO,
CORRER O RISCO DE PERDER-SE, DEVE O HOMEM SACRIFICAR, SEM PENA, O ÍNVOLUCRO
PERECÍVEL. O Espírito, que provém do Senhor, lhe deve a existência e não
pode dar valor real senão aquilo que de Deus o aproxima. Guarda do envoltório
material cumpre-lhes isentá-los de todas as máculas; mas se tiver de escolher
entre a pureza espiritual e a do corpo, deverá sacrificar esta para conservar
aquela. Se numa emergência perigosa, a vida do corpo se achar em paralelo com a
do Espírito, isto é, com a sua pureza, com seu progresso, se o Espírito estiver
na iminência de incorrer numa culpabilidade que o levará à morte moral, teve a
criatura sacrificar o vaso ao precioso perfume que ele contem; deixar que se
quebre aquele para que este possa – como incenso odorífero – subir ao trono de
Deus. Por isso e que Jesus perguntava: –
DE QUE VALE AO HOMEM CONQUISTAR O MUNDO INTEIRO E PERDER A SUA ALMA?  
 
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