JESUS E OS DISCÍPULOS DE JOÃO
P – Dizem os Evangelhos segundo Mateus e Lucas que
João enviou dois de seus discípulos a Jesus, para saber se era ele, realmente,
o Cristo anunciado desde Moisés. Como o Espírito da Verdade interpreta essas
passagens da Bíblia?
R – Harmonizemos: MATEUS, XI: 2-6 com LUCAS, VII:
18-23.
MATEUS: 2 – Tendo, na prisão,
sabido das obras de Jesus, João mandou que dois de seus discípulos fossem ter
com ele, 3 – dizendo-lhe: “És aquele que devia vir ou esperamos outro?” 4 –
Jesus lhes respondeu: “Ide contar a João o que ouvis e vedes. 5 – Os cegos
vêem, os coxos caminham, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos
ressuscitam; o Evangelho é pregado aos pobres. 6 – Bem-aventurado o que não se
escandaliza de mim.”
LUCAS: 18 – Os discípulos de
João lhes referiram todas as coisas que Jesus fazia. 19 – E João chamou dois
deles e os mandou a Jesus, para lhe perguntarem: “És aquele que tinha de vir ou
é outro o que devemos esperar?” 20 – Esses homens,  encontrando Jesus, lhe disseram: “João
Batista nos mandou aqui para te perguntarmos se és aquele que tinha de vir ou é
outro o que devemos esperar?” 21 – Nesse mesmo instante, Jesus curou muitas
pessoas de enfermidades, de chagas e de maus Espíritos, e restituiu a vista a
muitos cegos. 22 – Em seguida, respondendo aos discípulos de João, disse: “Ide
contar a João o que vistes e ouvistes: os cegos estão vendo, os coxos estão
andando, os leprosos estão limpos, os surdos estão ouvido, os mortos
ressuscitam e o Evangelho é anunciado aos pobres. 23 – Bem-aventurado será
aquele que não se houver escandalizado de mim.”
As
rivalidades, decorrentes das paixões doutrinárias, explicam o fato. Mesmo entre
os melhores discípulos do Evangelho, traídos pela paixão de Deus, surgem
ciumadas e dissensões perigosas. A fama levara aos discípulos do Batista o
rumor dos atos de Jesus. Eles não tinham a certeza de que o Mestre fosse QUEM
DEVIA SER. Não se trataria de algum hábil impostor? Foi, portanto, para
comprovar a sua identidade que João lhe enviou dois emissários. O Precursor
queria que eles se certificassem, com os seus próprios olhos, de que JESUS
ERA, REALMENTE, AQUELE CUJA VINDA ELE MESMO ANUNCIARA. Quanto aos chamados
“milagres”, que Jesus praticou diante dos discípulos de João Batista nada
precisamos dizer por ser inútil repetir explicações já divulgadas. O Mestre
disse: “O EVANGELHO É PREGADO AOS
POBRES”. As palavras “aos pobres” eram ditas mais para aquela época do
que para o futuro. Os pobres se viam desprezados, efetivamente abandonados;
ninguém se importava com eles. Falando como falou, Jesus tinha em mira ELEVAR
AQUELA CLASSE MISERÁVEL, FAZÊ-LA PARTÍCIPE DO PROGRESSO INTELECTUAL HUMANO.
Tomadas numa acepção geral, aplicadas a todas as épocas, as palavras “aos
pobres” se devem entender como abrangendo TODOS OS QUE, SENTINDO A
NECESSIDADE DE SE ENRIQUECEREM COM A PALAVRA DE DEUS, DESEJEM OUVIR DE CORAÇÃO
AS VERDADES ETERNAS DO EVANGELHO, COMPLETADAS AGORA PELAS VERDADES FINAIS DO
APOCALIPSE. Por isso advertiu o Cristo: “Bem-aventurado aquele que não se
houver escandalizado de mim”. Quer dizer: REPELE O MESTRE QUEM REJEITA SEU
ENSINAMENTO. Feliz, pois, á aquele que escolhe os seus preceitos e os põe
em prática, porque progride e não tem que temer sua repulsa naquele terrível
Dia do Senhor .
 
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