O DIA E O
CULTO DO SÁBADO
P
– O admirável, na orientação da LBV, é que o Centro Espiritual Universalista
não admite ensinamentos de homens. Por isso, temos confiança absoluta na
Doutrina do Novo Mandamento. Com referência à cura da mulher curvada, num
sábado, que diz o Espírito da Verdade?
R
– Vejamos a passagem do Evangelho de Jesus segundo Lucas, XIII: 14-17.
14 – O chefe da sinagoga,
instigado por haver Jesus feito uma cura em dia de sábado, disse ao povo: “Há
seis dias destinados ao trabalho; vinde num desses dias para serdes curados,
não no sábado”. 15 – Mas Jesus lhe disse: “Hipócritas, qual de vós deixa de
soltar o seu boi ou o seu jumento, ou de tirar do estábulo para lhes dar de
beber, em dia de sábado? 16 – Por que, então, não se devia libertar, em dia de
sábado,  esta filha de Abraão, há dezoito
anos presa nos laços de Satanás?” 17 – Ouvindo-lhe estas palavras, seus
adversários ficaram envergonhados. E todo o povo se alegrava de ver Jesus praticar
tantas coisas, gloriosamente.
O
sábado foi instituído por Deus, por intermédio de Moisés, como medida contra os
abusos do poder. Para aqueles povos de coração endurecido, era necessário o
Quarto Mandamento, QUE OS PROTEGIA DE SI MESMOS.
Do contrário, os escravos teriam sucumbido ao jugo que se tornava insuportável.
Nem mesmo os animais poderiam sobreviver! A Lei do Sábado, portanto, refreando
os arbítrios do poder, evitou que os mais fortes, pela violência das exações,
sacrificassem os mais fracos – homens e animais. O sábado era, por isso mesmo,
de REPOUSO FORÇADO, OBRIGATORIAMENTE IMPOSTO À CUPIDEZ
E A AVAREZA, QUE DESSE MODO DESCANSAVAM, DANDO TEMPO ÀS SUAS VITIMAS DE
RECOBRAREM ALENTO. Ao homem material – leis materiais; ao
homem inteligente – leis inteligentes. A Lei do Sábado estava certa, e por isso
o Cristo a respeitou. Mas advertiu: “O sábado foi feito para o homem, não o
homem para o sábado”, como vemos no Evangelho segundo Marcos, II: 27. Sim, o
sábado foi instituído para dar repouso ao homem, para por freio aos seus
excessos contra si mesmo e, principalmente, contra os outros. Era, pois, uma
lei de proteção, em seu próprio benefício. Em suma: O SÁBADO
ESTAVA SUBMETIDO ÀS NECESSIDADES DO HOMEM, NÃO ESTE A UMA OBSERVÂNCIA
INSENSSATA DO SÁBADO. Como já vos dissemos, no estudo da Primeira
Revelação, Jesus não revogou o sábado: veio faze-lo
cumprir dentro da Lei Divina. Portanto, repousai os
vossos corpos dos trabalhos que os fatigam; mas que os vossos corações nunca
repousem, deixando de praticar o Bem que lhes cumpre fazer. Não vos admireis de
que Jesus, operando naquela mulher uma cura material (a cura de sua doença como
declarou) tenha dito respondendo ao chefe da sinagoga: “Por que, então, não se
devia libertar, em dia de sábado, esta filha de Abraão, há dezoito anos presa
nos laços de Satanás?” O Mestre apropriava sempre sua linguagem às
inteligências, às tradições, às crenças e preconceitos dos homens a quem
falava, a fim de ser compreendido, mas RESERVANDO
PARA O FUTURO A COMPREENSÃO, PELO ESPÍRITO, DO VERDADEIRO SENTIDO DA LETRA DE
SUAS PALAVRAS. Se Jesus tivesse dito que apenas havia curado uma
doença, ninguém lhe daria crédito. Daí vem que, dirigindo-se ao chefe da
sinagoga e aos que o cercavam, empregou as expressões habituais “filha de
Abraão” e “Satanás”, entendei bem, para não ferir as crenças dos judeus e para
que o fato fosse aceito, disse: “Por que, então, não se devia libertar, em dia
de sábado, esta filha de Abraão, há dezoito anos presa nos laços de Satanás?”
Satanás, aqui, significa “espírito de doença”. Entretanto, voltando-se para a
mulher curvada, deixou bem claro: “Estais livre da tua doença”. Para encerrar: Jesus respeitou o SÁBADO DE DEUS, o Quarto Mandamento do Decálogo dado
a Moisés. Não o revogou. Nenhuma igreja, portanto o poderia fazer em seu nome.
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário