PRODUTOS CESTOS E PEDAÇOS
P – Os cinco mil não notaram qualquer diferença no
gosto do pão e do peixe? E qual o destino que tiveram os cestos? Que aconteceu,
ainda, com os pedaços de pão e peixe que sobraram? São perguntas que fazem os
componentes do nosso Posto, com relação ao capítulo
R – Os cinco mil receberam os produtos da
multiplicação como se não tivesse havido multiplicação: era o gosto perfeito do
pão e do peixe. E não existe, aí nada que vos deva espantar. Os sonâmbulos
magnéticos não tomam a água, o vinho, ou qualquer alimento COMO SENDO O QUE SE LHES DIGA QUE SÃO? Não sabeis qual seja o poder
da influência espiritual no homem? Como então, ignorar A INFLUÊNCIA DE JESUS E DA FALANGE INUMERÁVEL DE ESPÍRITOS QUE O
RODEAVAM? Não tendes visto aparecerem, sem que ninguém saiba como, sob a
forma de coisas materiais, próprias para a alimentação humana, PRODUTOS OBTIDOS COM O EMPREGO DE FLUIDOS
PRODUTORES E QUE TEM PARA O HOMEM, O ASPECTO E O SABOR DOS PRODUTOS HUMANOS QUE
REPRESENTAM? Dizem os Evangelistas que todos comeram e ficaram saciados e
ainda levaram doze cestos, cheios dos pedaços que sobraram. Não dizem o que foi
feito desses doze cestos, nem que os cinco pães e os dois peixes estivessem com
os Apóstolos. Não dizem, ainda, se foram conservados os pedaços que sobraram. É
que tudo isso pouco importa. Qualquer que tenham sido a quantidade dos peixes e
dos pães, as pessoas que forneceram os cestos e o destino dado a estes e àquilo
que continham, o fundamental é que O
FATO PRODUZIDO POR JESUS REALMENTE SE VERIFICOU. Isto, sim, importa que
todos saibam. Deveis compreender que, em multidão considerável como aquela, há
sempre uma certa agitação. Terminada a distribuição dos pães e dos peixes, os
Apóstolos deixaram no chão os cestos, de que se tinham servido para fazê-la, e
foram tomar a barca, a fim de se transportarem à outra margem, onde – de acordo
com a ordem recebida – esperariam o Mestre, que ficava assistindo à dispersão
do povo. Mais preocupados com suas necessidades espirituais do que com as do
corpo, que no momento se achavam satisfeitas, os Apóstolos não cuidaram de mais
nada. A influência oculta, que sobre eles era exercida, lhes dirigia a atenção
para aquilo que os pudesse impulsionar, sempre que se fazia preciso desviá-la
de outros pontos. A ordem de Jesus – passarem, antes dele, para a outra margem
– tinha por objetivo preparar um novo fato que se devia produzir. Na sua
retirada desordenada e confusa, aquela grande massa de homens, mulheres e
crianças, ia tropeçando nos cestos, alguns dos quais foram apanhados vazios,
enquanto outros já ficavam esmagados,
SEM QUE NINGUÉM SE PREOCUPASSE COM ELES NEM COM O SEU CONTEÚDO. Os fluidos
componentes dos “produtos fluídicos” que, sob as formas de pedaços de pão e de
postas de peixe, sobraram da distribuição, voltaram à fonte de onde tinham sido
tirados, logo que – sob a ação dos Espíritos – desapareceu dos mesmos produtos
a tangibilidade e tudo entrou de novo na ordem da humanidade terrena. TUDO FORA PREVISTO, PREPARADO PARA A
EXECUÇÃO DAS OBRAS DO CRISTO ENTRE OS HOMENS. Notai, por último, que a
narrativa evangélica, feita sob a influência mediúnica, tratando do fato que
acabamos de apreciar, reproduz mais uma vez – como convinha que ocorresse
sempre – AS IMPRESSÕES E CONCLUSÕES
HUMANAS. Notai, ainda, que o Mestre, segundo decore dessas impressões e
conclusões, TEVE POR FIM, COMO SEMPRE,
DESPERTAR E CHAMAR SOBRE SI A ATENÇÃO DE SEUS DISCÍPULOS E DA MULTIDÃO, DE TAL
MODO QUE – ACREDITADO TODOS (COMO ACREDITARAM) SER JESUS DE NATUREZA IGUAL A
DOS OUTROS HOMENS – FICASSEM VIVAMENTE IMPRESSIONADOS POR SEUS ATOS E PALAVRAS.
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