A FILHA DE JAIRO E A HEMORROÍSSA
P – As lições do Centro Espiritual Universalista, da
LBV, alargam o nosso entendimento para a compreensão do Apocalipse, na Quarta e
Última Revelação de Jesus à Humanidade. Todos, aqui, entendem isso
perfeitamente. Como o Espírito da Verdade explica a “milagrosa” cura da
hemorroíssa e da filha de Jairo?
R – Vamos harmonizar as seguintes passagens do
Evangelho: Mateus, IX: 18-26, Marcos, V: 21-43 e Lucas, VIII: 41-56.
MATEUS: 18 – Tendo dito essas
coisas, aproximou-se dele um chefe de sinagoga que, adorando-o, lhe disse:
“Senhor, minha filha acaba de morrer; mas vem, impõe-lhe as mãos e ela viverá”.
19 – Jesus se levantou e, acompanhado pelos discípulos, partiu com o homem. 20
– Ao mesmo tempo, uma mulher que, havia doze anos sofria de um fluxo de sangue,
acercando-se dele por trás, lhe tocou a fimbria da túnica, 21 – pois dizia
consigo mesma: “Basta-me tocar nas suas vestes para ficar curada”. 22 – Jesus,
voltando-se, a viu e lhe falou: “Filha, tem confiança, tua fé te curou”. E,
desde aquele momento, a mulher se achou curada. 23 – Chegando à casa do chefe
de sinagoga, disse Jesus aos tocadores de flauta e à multidão que lá encontrou:
24 – “Retirai-vos, porque a menina não está morta, apenas dorme”. Todos, porém,
zombavam dele. 25 – Afastada a multidão, 
ele entrou e tomou a mão da menina, que logo se levantou. 26 – E a
notícia do fato se espalhou por toda a redondeza.
MARCOS: 21 – Tendo passado na
barca para a outra margem, grande multidão o cercou à beira-mar. 22 – Um
príncipe da sinagoga, chamado Jairo, que viera à sua procura, ao vê-lo,
lançou-se-lhe aos pés, 23 – e lhe dirigiu esta súplica: “Minha filha está
agonizante; vem e impõe-lhes as mãos, para que ela se cure e viva”; 24 – e
Jesus partiu com ele, acompanhado pela multidão que o apertava. 25 – Então, uma
mulher, que sofria de um fluxo de sangue, havia doze anos, 26 – e que padecera
muito nas mãos de vários médicos, aos quais entregou todos os seus haveres sem
melhorar do seu mal, que ainda se agravara, 27 – tendo ouvido falar de Jesus,
se meteu na multidão e, aproximando-se dele por detrás, lhe tocou a túnica, 28
– pois dizia: “Se eu conseguir tocar-lhe apenas a roupa, estarei curada”. 29 –
No mesmo instante, o sangue deixou de correr, e ela sentiu em seu corpo que
estava livre do mal que a afligia. 30 – Jesus percebeu imediatamente que dele
saíra uma virtude e, voltando-se para a multidão, perguntou: “Quem tocou as
minhas vestes?” 31 – Os discípulos responderam: “Vês que a multidão te comprime
por todos os lados, e perguntas quem tocou tuas vestes, Senhor?” 32 – Jesus,
porém, passeando o olhar em torno de si, procurava descobrir quem o tocara. 33
– A mulher, que sabia o que nela se passara, atemorizada e a tremer,
aproximou-se e, lançando-se aos seus pés, confessou toda a verdade. 34 – Jesus
lhe disse: “Filha, tua fé te salvou; vai em paz, estás curada de tua
enfermidade”. 35 – Estando ele ainda a falar, chegaram alguns familiares do
príncipe da sinagoga e, dirigindo-se a este, disseram: “Tua filha morreu. Por
que hás de dar ao Mestre o incômodo de ir mais adiante?” 36 – Jesus, porém,
ouvindo isso, falou ao príncipe da sinagoga: “Não temas, tem fé”. 37 – E não
permitiu que, afora Pedro, Tiago e João, mais alguém o acompanhasse. 38 –
Chegando à casa de Jairo, encontrou um bando confuso de pessoas que choravam,
soltando grandes lamentos. 39 – Logo que entrou na casa, disse a essas pessoas:
“Por que vos afligis e chorais? A menina apenas dorme, não está morta”. 40 –
Todos, porém, zombavam de suas palavras. Ele mandou que saíssem e, acompanhado
pelo pai, pela mãe da menina e pelos que tinham vindo em sua companhia, entrou
no aposento onde a menina estava deitada. 41 – Tomando-lhe as mãos, disse:
“Talitha cumi”, isto é,  “eu te ordeno,
menina: levanta-te!” 42 – No mesmo instante, a menina se levantou e se pôs a
caminhar, pois já contava doze anos, ficando todos maravilhados. 43 – Jesus
lhes recomendou, expressamente, que ninguém viesse a saber do fato, e mandou
que dessem de comer à menina..
LUCAS: 41 – Veio ter com ele,
então, um homem chamado Jairo, que era príncipe da sinagoga, e, lançando-se a
seus pés, lhe pediu que entrasse na sua casa, 42 – dizendo ter uma filha única,
de cerca de doze anos, que estava à morte. Partiu Jesus com ele, apertado pela
multidão. 43 – Uma mulher que, havia doze anos, sofria de uma perda de sangue e
que gastara com os médicos tudo o que possuía, sem que nenhum tivesse
conseguido cura-la, 44 – se aproximou dele por detrás e lhe tocou a fímbria da
túnica, e logo cessou o fluxo de sangue. 45 – Jesus, então, perguntou: “Quem me
tocou?” Como todos negassem ter sido quem o tocara, Pedro e os que o cercavam
lhe disseram: “Mestre, a multidão te aperta e comprime; como podemos perguntar
quem te tocou?” 46 – Jesus replicou: “Alguém me tocou, pois senti que saiu de
mim uma virtude”. 47 – A mulher, verificando assim não poder ocultar-se,
aproximou-se toda trêmula e, prostrando-se aos pés de Jesus, declarou diante de
todo o povo o motivo por que o tocara, ficando imediatamente curada. 48 – Jesus
lhe disse: “Filha, tua fé te salvou; vai em paz”. 49 – Ainda não acabara de
falar, chegou alguém e disse ao príncipe da sinagoga: “Tua filha morreu; não
dês mis trabalho ao Mestre”. 50 – Mas, ouvindo isso, Jesus disse a Jairo: “Não
temas, tem fé somente e tua filha será salva”. 51 – Chegando à casa de Jairo,
não deixou que ali entrassem senão Pedro, Tiago e João, com os pais da menina.
52 – Todos a choravam e lamentavam. Jesus, porém, disse: “Não choreis, ela não
está morta, apenas dorme”. 53 – Todos zombavam dele, pois sabiam que ela estava
morta. 54 – Jesus, pegando-lhe na mão, exclamou: “Menina, levanta-te!” 55 – Seu
Espírito voltou ao corpo, ela se levantou imediatamente, e Jesus mandou que lhe
dessem de comer. 56 – Os pais da menina se mostraram cheios de espanto, e Jesus
lhes ordenou que não dissessem a ninguém o que tinha acontecido.
Aí
tendes a consolação de um pai; um exemplo de fé oferecido à multidão; a
continuação, em suma, por parte do Cristo, daquela vida de ensinamentos no desempenho
da sua missão terrena. Quanto a cura da hemorroíssa, Jesus a operou pelos meios
que conheceis, pelo seu PODER MAGNÉTICO.
Sempre envolto em fluidos vivificantes, o Mestre, os distribuía pelos que deles
necessitavam. Quanto aos fluidos de que se serviu, para estancar o fluxo
sanguíneo, ainda nada vos podemos dizer, por vos ser impossível entrar no CONHECIMENTO DAS COMBINAÇÕES FLUÍDICAS. O
HOMEM AINDA NÃO SE ACHA CAPAZ DE COMPREENDER A NATUREZA DOS FLUIDOS, SEUS
EFEITOS E SUAS PROPRIEDADES DE AÇÃO. Jesus dispunha dos fluidos
vivificantes e reparadores: basta-vos isto, por enquanto. A pergunta “Quem me
tocou?” (pergunta que, feita pelo Mestre, pode causar estranheza) ele a
formulou intencionalmente, para provocar, diante da multidão, a confissão da mulher
e, assim, tornar patente a todos o “milagre”. Tudo tinha a sua razão de ser,
velado pela letra, até ao advento de nova Revelação.
 
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