MORTE
E CATALEPSIA
   P – Aqui,
todos já compreendem por que não há
segurança para ninguém, neste mundo, fora da Verdade, o que vale dizer, FORA DE
DEUS. Só haverá Boa Vontade entre os homens quando todos se libertarem da
ignorância espiritual e, portanto, dos sectarismos anticristãos. Como o
Espírito da Verdade interpreta o caso da filha de Jairo?
   R – O Espírito
não abandonara o seu corpo: apenas se ausentará, até que JESUS O CHAMOU, ordenando-lhe a volta imediata ao organismo da
menina, Ele tivera permissão de prolongar sua ausência a fim de que o corpo
tornando-se completamente inerte, apresentasse TODAS AS APARENCIAS DA MORTE. Para os homens, a filha de Jairo
estava morta: esta era a aparência. Aos olhos de todos, a morte ali era
positiva e indubitável. Na realidade, porem, NÃO HAVIA MAIS DO QUE UM ESTADO DE CATALEPSIA COMPLETA, um estado,
portanto, de morte aparente, do modo a iludir os mais hábeis peritos. Havia,
dissemos, inércia completa, isso suspensão de todas as sensações, de todos os
movimentos, da vida em suma, com ausência de pulso, de respiração, de calor
aspecto cadavérico, insensibilidade física, material, tão profunda que as
pancadas mais ferimentos NENHUMA
IMPRESSÃO PROVOCARIAM NENHUMA CONTRAÇÃO, NENHUM SINAL DE VIDA. Vindo ao
encontro de Jairo, seus servos lhes disseram: “Tua filha morreu”. Mas ao que
choravam e faziam grande alarido, Jesus disse: “Por que charas e vos afligis? A
menina não está morta, apenas dorme”. Aos tocadores de flauta e as pessoas que
faziam grande algazarra, falou: “Retirai-vos, pois a menina apenas dorme, não
está morta.” E todos, diz o Evangelho, zombavam de Jesus, POR SABEREM QUE ELA ESTAVA MORTA. Ora, afastada a multidão, ele
ordenou à menina: “Levanta-te!” E seu Espírito (ou Alma) – tendo voltado ao
corpo, uma vez que ela não estava morta, pois apenas dormia – a menina se
levantou imediatamente. “A meninas não está morta – disse Jesus – apenas dorme”
– esta a realidade. Não havia ali, com efeito mais do que sono, sono natural
ordinário o que não deveis ter dificuldade em compreender, pois sabeis que A AUSÊNCIA DO ESPÍRITO MERGULHA O CORPO NUM
SONO PROFUNDO PELO DESPRENDIMENTO COMPLETO DO ESPÍRITO SE PRODUZ O ESTADO DE
CATALEPSIA. Ao Espírito da filha de Jairo fora permItido ausentar-se, já o
dissemos.  Ele tivera uma permissão não
recebera uma ordem, porquanto. O
ESPÍRITO NÃO PRECISA DE ORDEM PARA SE DESPRENDER DO CORPO; PRECISA, SIM, PAR
ENTRAR NELE. O pássaro que se evade da gaiola apertada, onde definhava não
deseja voltar para a prisão. Procurai compreender, aqui, a posição do Espírito,
considerando os atos da humana: o soldado que obtém uma licença qualquer sabe a
que horas ela termina . Com mais forte razão, o mesmo se dá com o Espírito em
condições semelhantes. Se o Espírito da filha de Jairo tivesse esquecido a
volta, ou resistindo ao progresso, os Espíritos Superiores que o cercavam
(vigilantes para que a ausência prolongasse pelo tempo necessário à realização,
exata integral, da obra que Jesus tencionava realizar), certamente o teriam
impedido de frustrar por essa forma. à execução do intento do Mestre. Alias,
semelhante resistência seria uma rebelião que de modo algum se verificaria  contra a vontade do Cristo, acrescentando que
aquele Espírito não podia pensar em tal. UMA
VEZ QUE ACEITARA A MISSÃO QUE DESEMPENHOU. O estado de catalepsia em que
amenina caiu é que deu causa à crença na morte real, e portanto numa “ressurreição”,
no sentido que entre os homens esta palavra tem, se produziu porque estava nos
desígnios do Senhor que assim acontece PARA
CUMPRIMENTO DA MISSÃO DE JESUS e para que desse os frutos que devia dar,
naquele momento e no futuro, tudo o que, assinalou a passagem do Cristo pela
Terra fora previsto e preparado, mediante as encarnações dos Espíritos que
haviam de concorrer para a execução  da
sua obra de emissário do Senhor. Supondes que Deus possa esperar alguma coisa do
que chamais EFEITOS DO ACASO?
Repetimos, portanto: o Espírito da filha de Jairo não abandonara o corpo
Completamente desprendido deste, que estava imerso em profundo sono estava ele
preso pelo cordão fluídico do perispírito, invisível aos olhos humanos. Graças
a essa ligação do Espírito com o corpo, a vida neste continuava a ser mantida,
mas estava suspensa pelo estado de CATALEPSIA
COMPLETA, QUE DAVA AOS HOMENS A IMPRESSÃO DA MORTE REAL. Mas Jesus disse
aos que o cercavam: “A menina dorme, não morreu”. Por ato da sua vontade
poderosa, ele fez voltar o Espírito à sua prisão e, pela ação magnética,
restituiu a saúde ao corpo da menina: assim é que houve o despertar e a mocinha
foi curada. Para prender mais a atenção dos homens, mandou o Mestre que lhe
dessem de comer. Quanto á presença dos tocadores de flautas, isso indica a
observância de um costume hebraico, em situações como aquela. O rumor da
“ressurreição” e do restabelecimento da filha de Jairo se espalhou por todo o
país. Entretanto, Jesus ordenara aos pais da menina que a ninguém falassem do
acontecido. A multidão, como sabeis, não entrara, pois o Mestre a deixara de
fora. Qual o motivo da proibição? É que Jesus conhecia o que o futuro
reservava: não queria que naquele momento, sua fama se estendesse até aos
sacerdotes e levitas. O desprezo que uns e outros votavam á credulidade e a
ignorância do povo os mantinha em guarda (no sentido de que NENHUM CRÉDITO LHES DAVAM) contra os
fatos “milagrosos”, isto é, impossível para eles, de se produzirem e que a voz
pública  espalhava. Aspecto diverso,
porém, tomaria o caso SE A “RESSUREIÇAO”
DA FILHA DE JAIRO FOSSE ATESTADA PELO PRÓPRIO JAIRO, CHEFE DE SINAGOGA.
Homem justo e estimado. Se a propósito da notícia emanada do povo, Jairo fosse
interpelado, um pretexto qualquer lhe teria bastado  para tapar a boca dos inquisidores.
Entretanto, nada disso aconteceu: os sacerdotes e os levitas pouco se
preocupavam com o que pessoalmente não lhes dizia a respeito e, sobretudo, com
os falatórios do povo.
 
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