DEUS E A VIDA UNIVERSAL – II
P – Todos os brasileiros
deviam estudar as lições do Espírito da Verdade. É no campo da religião – na
Bíblia Sagrada, que é a Palavra de Deus – que podemos encontrar o caminho da
segurança e da felicidade. Como se processa a evolução através dos reinos, a
começar pelo mineral?
R – Em sua origem, a
essência espiritual, princípio de inteligência, Espírito em formação, passa
primeiro pelo reino mineral. Anima o mineral, se assim podemos falar,
servindo-nos dos únicos recursos que oferece a linguagem humana apropriada às
vossas inteligências. Na Natureza, com efeito, tudo tem existência, porque
tudo “morre”. Ora, aquilo que “morre” traz em si o princípio da vida, sendo
conseqüentemente animado por uma inteligência relativa. A palavra inteligência
pode causar surpresa, tratando-se da vida de uma coisa inerte. Certamente, em
tal caso, não há nem pensamento nem ação. A essência espiritual, nesse estado,
se mantém inconsciente do seu ser. Ela é, eis tudo. No estado de simples
essência de vida, absolutamente inconsciente do seu ser, ela constrói o mineral,
a pedra, o minério, atraindo e reunindo os elementos dos fluídos apropriados
por meio de uma ação magnética dirigida e fiscalizada pelos Espíritos
prepostos. Quanto mais inconsciente é o Espírito, no estado de formação,
tanto mais direta e incessante é a ação desses Espíritos. Guardai bem na
memória, pois o que dizemos aqui não será repetido: EM QUALQUER DOS REINOS
MINERAL, VEGETAL, ANIMAL E HUMANO (OU HOMINAL), NADA É SEM O CONCURSO
DOS ESPÍRITOS DO SENHOR, que todos têm uma função a desempenhar, uma vigilância
a exercer. Não há Espíritos prepostos à formação de um determinado mineral,
de um determinado vegetal, de um determinado ser do reino animal ou
reino humano. Os Espíritos têm uma AÇÃO GERAL e conforme às leis imutáveis
e eternas, ação que não podeis, por ora, compreender. O mineral “morre” quando
é arrancado do meio em que o colocara o Autor da Natureza. A pedra tirada da
pedreira, o minério extraído da mina, deixando de existir, do mesmo modo que a
planta separada do solo, perdem a VIDA NATURAL. A essência espiritual, que
residia nas paredes do mineral, daí se retira por uma ação magnética, dirigida
e fiscalizada pelos Espíritos prepostos, e é transportada para outro ponto. Os
“despojos” do mineral são utilizados pela Humanidade, de acordo com as suas
necessidades. Não vos admireis de que a coesão subsista no mineral, muitas
vezes por séculos, depois que dele se retirou a essência espiritual, que foi
necessária à sua formação. Cada espécie de matéria tem suas propriedades
relativas, segundo às Leis Naturais, que poucos estão aptos a entender. O
corpo humana, em certas condições, não conserva coesa todas as suas partes
materiais, embora o Espírito já se tenha afastado dele? E não se observam,
entre os vegetais, casos de longa duração material? Certas plantas não
conservam as aparências da vida, o frescor dos tons e a rijeza da haste, muito
tempo depois de separadas do solo que as alimentou e, portanto, do princípio
latente da inteligência que nelas residia? TUDO NA NATUREZA SE MANTÉM E
ENCADEIA, E TUDO SE FAZ EM PROVEITO E UTILIDADE DO ESPÍRITO QUE SE TORNOU CONSCIENTE
DO SEU SER. Os corpos “mortos”, sejam pedra, planta, animal ou homem, têm
de concorrer para a harmonia universal, desempenhando as funções que lhes são
conferidas. A essência espiritual, que no mineral reside, não é uma
individualidade: não se assemelha ao pólipo que, por cissiparidade, se
multiplica ao infinito. Ela forma um conjunto que se personifica, que se divide
(divisão na massa em conseqüência da extração), e atinge desse modo a
individualidade, como sucede com o princípio que anima o pólipo, com o
princípio que anima certas plantas. A essência espiritual sofre, no reino
mineral, sucessivas materializações, necessárias a prepara-la a passar pelas
formas intermédias, que participam do mineral e do vegetal. Dizemos materializações
por não podermos dizer encarnações para estrear como ser. Depois
de haver passado por essas formas e espécies intermediárias, que se ligam entre
si numa contínua progressão, e de se haver (sob a influência da dupla ação
magnética que operou a vida e a morte nas fases de existência já percorridas)
preparado para sofrer no vegetal a prova, que a espera, da sensação,
a ausência espiritual – Espírito em estado de formação – passa ao reino
vegetal. É um desenvolvimento, mas ainda sem que o ser tenha consciência de si.
A existência material, então, é mais curta, porém mais progressiva. Não há nem
consciência nem sofrimento: há sensação ou sensitividade. Assim, a árvore, da
qual se retira um galho, experimenta uma espécie de eco da secção feita, mas
não sofrimento. É como que uma repercussão que vai de um ponto a outro,
sucedendo o mesmo quando a planta é violentamente arrancada do solo, antes de
completado o tempo da maturidade. Finalizando: há sensação, não há consciência
nem sofrimento. É um abalo magnético experimentado pela árvore, abalo
que prepara o espírito ( em estado de formação) para o desenvolvimento do seu
ser. Tão grande é o PODER DE DEUS!
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