quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

 

 

DEUS E A VIDA UNIVERSAL – III

 

P – A Cruzada do Novo Mandamento, em nossa casa, foi enriquecida com as novas instruções do CEU. Por isso, queremos saber agora: – Que acontece depois da “morte” do vegetal?

 

R – Esclarece o Espírito da Verdade: – Morto o vegetal, a essência espiritual é transportada para outro ponto. Depois de haver passado, sempre em marcha progressiva, pelas necessárias e sucessivas materializações, percorre as formas e espécies intermediárias, que participam do vegetal e do animal. Só então, nestas últimas fases de existência, em que aquela essência começa a ter a impressão de um ato exterior, ainda que sem consciência de sua causa e de seus efeitos. HÁ SENSAÇÃO DE SOFRIMENTO. Sob a vigilância dos Espíritos prepostos, o Espírito em formação efetua assim, sempre em contínuo progresso, o seu desenvolvimento com relação à matéria que o envolve, e chega a adquirir A CONSCIÊNCIA DE SER. Preparado para a vida ativa, exterior, para a vida de relação, passa ao reino animal. Torna-se, então, princípio inteligente, de uma inteligência relativa, a que chamais – instinto, de uma inteligência relativa às necessidades físicas, à conservação, a tudo o que a vida material exige, dispondo de vontade e de faculdades, mas limitadas àquelas necessidades, àquela conservação, à vida material, à função que lhe é atribuída, à utilidade que deve ter, ao fim a que é destinado na Natureza, sob os pontos de vista da conservação, da reprodução e da destruição, na medida em que haja de concorrer para a vida e a harmonia universais. Sempre em estado de formação, pois não possui ainda livre arbítrio (inteligência independente capaz de raciocínio, consciência de suas faculdades e de seus atos), o Espírito, sem sair do reino animal, seguindo sempre a marcha progressiva contínua (e de acordo com os progressos realizados e com a necessidade dos progressos a realizar), passa por todas as fases de existência, sucessivas e necessárias ao seu desenvolvimento e por meio das quais chega às formas e espécies intermediárias que, pouco a pouco, insensivelmente, o aproximam cada vez mais do reino humano, porque – se é certo que o Espírito sustenta a matéria – não é menos certo que a matéria lhe auxilia o desenvolvimento. Depois de haver passado por todas as transfigurações da matéria, por todas as fases do desenvolvimento para atingir um certo grau de inteligência, o Espírito chega ao ponto de preparação para O ESTADO ESPIRITUAL CONSCIENTE; chega a esse momento que os vossos sábios, tão ignorantes dos “MISTÉRIOS DA NATUREZA”, não conseguem definir, MOMENTO EM QUE CESSA O INSTINTO E COMEÇA O PENSAMENTO. (Quando vos falamos do Espírito no estado de infância, portanto no estado de ignorância e de inocência; quando vos dissemos que o Espírito era criado SIMPLES E IGNORANTE, tratávamos, é claro, da FASE DE PREPARAÇÃO DO ESPÍRITO PARA ENTRAR NA HUMANIDADE. Seria precipitado, então, dar esclarecimentos sobre a origem do Espírito. Observai que isso foi deixado na obscuridade. AINDA HOJE, seria cedo para desenvolver esse ponto. Estudai bem o que vos ensinamos agora, porque – QUANDO ESTE TRABALHO APARECER AOS OLHOS DE TODOS – os Espíritos encarnados já estarão mais dispostos a receber o que então, tomariam por uma verdadeira monstruosidade ou tolice ridícula). Atingindo o ponto de preparação para ingressarem no reino humano (ou hominal), os Espíritos se aprontam de fato, em mundos ad hoc, para a VIDA ESPIRITUAL CONSCIENTE, INDEPENDENTE E LIVRE. É nesse momento que entram naquele estado de inocência e de ignorância. A vontade soberana do Senhor lhes dá consciência de suas faculdades e, por conseguinte, de seus atos, consciência que produz o livre arbítrio, a vida moral, a inteligência independente e capaz de raciocínio – A RESPONSABILIDADE. Chegado, deste modo, à condição de ESPÍRITO FORMADO, de Espírito pronto para ser humanizado se vier a falir, o Espírito se encontra num estado de inocência completa, tendo abandonado, com os seus últimos invólucros animais, os instintos oriundos das EXIGÊNCIAS DA ANIMALIDADE. A estátua acabou de receber as formas. Sob a direção e a vigilância dos Espíritos prepostos, o Espírito formado se cobre de fluidos que lhe comporão o invólucro a que chamais PERISPÍRITO, corpo fluídico que se torna, para ele, o instrumento e o meio – ou de realizar um progresso constante e firme, desde o ponto de partida daquele estado até que haja atingido a perfeição moral, que o põe ao abrigo de todas as quedas; ou de cair, caso em que o perispírito lhe será também instrumento de progresso, de reerguimento, mediante encarnações e reencarnações sucessivas, expiatórias a princípio e por fim gloriosas, ATÉ QUE ATINJA AQUELA PERFEIÇÃO MORAL.

 

 

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