JESUS E OS HOMENS – I
P
– O Espírito da Verdade poderia explicar quais eram os meios de vida e de
nutrição do corpo que Jesus tomou, para o desempenho da sua missão terrena?
R
– Já vos dissemos: Jesus tomou um corpo de natureza perispirítica, análogo aos
corpos dos habitantes dos mundos superiores, porém mais materializado do
que estes, por também terem entrado na sua composição fluidos ambientes do
vosso planeta. Tal corpo teria, portanto, as mesmas propriedades que os corpos
dos Espíritos Superiores, os mesmos meios de vida e nutrição. As
necessidades da vida e da nutrição materiais, a que estão sujeitos os corpos
humanos, desaparecem quando o Espírito – purificado, tendo atingido certo grau
de elevação moral e intelectual – passa (livre de qualquer contato com a
matéria) a encarnar, ou melhor – a incorporar fluidicamente nos mundos
superiores. Desde então, as necessidade de vida e de nutrição se tornam
conformes ao meio em que o Espírito se encontra, revestindo um corpo de
natureza perispiritual. Este corpo, bem como o perispírito de cuja natureza ele
participa, haure os elementos de vida e de nutrição NOS FLUÍDOS AMBIENTES
QUE LHE SÃO PRÓPRIOS E NECESSÁRIOS, ASSIMILANDO-OS. Tais fluídos bastam ao
sustento dos princípios constitutivos do mesmo corpo. A assimilação dos fluídos
ambientes, para o efeito da nutrição e da conservação da vida, se efetua de
acordo com as leis a que eles estão submetidos, LEIS QUE O HOMEM AINDA NÃO
PODE CONHECER NEM COMPREENDER. Somente quando soa a hora, dentro da Lei da
Evolução, lhe serão explicados a natureza desses fluídos, as leis a que estão
submetidos, o emprego a que se destinam, e as funções que desempenham. É cedo
para entrarmos nessas particularidades. Limitamo-nos, por ora, a lhe fazer
notar que, nos mundos materiais, a cujo o número pertence a Terra, onde a união
da matéria com a matéria é necessária para a formação da matéria, o homem,
revestido de um invólucro material, formado segundo as leis da
procriação e reprodução materiais, está sujeito a uma alimentação material,
tirada dos reinos vegetal e animal. Além desse invólucro que, depois da
“morte”, É RESTITUÍDO À MATÉRIA em forma de cadáver e a que chamais corpo
humano, o homem tem outro invólucro, de natureza fluídica, a que destes o
nome de perispírito e que, após a “morte”, fica sendo o CORPO FLUÍDICO DO
ESPÍRITO e lhe constitui a individualidade humana. Para manter a vida e
efetuar a nutrição desses dois invólucros, dispõe o homem de órgãos e aparelhos
elaboradores dos elementos e dos meios necessários àquele fim: uns se destinam
a operar a nutrição material do corpo humano, tirando-a dos elementos líquidos
e sólidos, com o concurso dos elementos que lhe são próprios e necessários;
outros servem para absorver os fluidos ambientes, apropriados à vida e à
nutrição do perispírito ou envoltório fluídico. A ALIMENTAÇÃO MATERIAL não
é, pois, necessária, nem possível, senão ao homem revestido de um corpo
material, nos mundos materiais. Quando o Espírito encarna, ou, melhor, INCORPORA
FLUIDICAMENTE EM MUNDOS SUPERIORES, onde o corpo é de natureza
perispirítica, a vida e a nutrição se mantêm pela absorção dos fluídos ambientes
apropriados. A planta não precisa beber nem comer, para se alimentar:
alimenta-se absorvendo, da terra e do ar, os sucos e os fluídos que lhe são
próprios e necessários. O ESPÍRITO, QUER NA ERRATICIDADE, QUER REVESTINDO UM
CORPO DE NATUREZA PERISPIRÍTICA, NÃO TEM NECESSIDADE (NEM POSSIBILIDADE, COMO
VÓS) DE COMER E DE BEBER. Também ele absorve, como meio de nutrição, para
entreter o funcionamento da vida, os fluídos ambientes necessários à
sustentação dos princípios constitutivos do perispírito, QUANDO SE TRATA DE
UM ESPÍRITO ERRANTE; e, quando se trata de UM ESPÍRITO INCORPORADO
FLUIDICAMENTE, os fluídos necessários à sustentação dos princípios
constitutivos do perispírito e do corpo fluídico, de natureza semelhante à
desse perispírito que o assimilou, COMPOSTO UNICAMENTE DE FLUÍDOS E LIBERTO
DO APODRECIMENTO, O QUE NÃO SE DÁ COM OS VOSSOS CORPOS MATERIAIS!
 
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