terça-feira, 28 de dezembro de 2021

 

 

JESUS E OS HOMENS – IV

 

P – Formulamos duas perguntas ao Espírito da Verdade: 1ª) – Estando Jesus isento da necessidade de qualquer alimentação humana, isento de todas as necessidades inerentes à humanidade terrestre, como se passavam as coisas quando ele, à vista dos homens, tomava alimentos durante a sua missão, quer antes do seu aparecimento conhecido pelo nome de “ressurreição”, quer depois? 2ª) – Como se davam o desaparecimento de Jesus, quando o supunham no deserto ou no cimo da montanha, e o seu reaparecimento entre os homens?

 

R – Os Espíritos Superiores que o cercavam (em número, para vós, incalculável), todos submissos à sua vontade, seus auxiliares dedicados, faziam desaparecer os alimentos que lhe eram apresentados e que não tinham, para Jesus, qualquer utilidade. Aqueles Espíritos os subtraíam da vista dos homens, de modo a lhes causar completa ilusão, à medida que parecia serem ingeridos pelo Mestre, cobrindo-os, para esse fim, de fluidos que os tornavam invisíveis. Feito isso, os levavam e dispersavam de forma que pudessem servir (e serviram) para a satisfação das necessidades de outras criaturas. Jesus (notai-o bem, seguindo-lhe os passos no desempenho da sua missão terrena) só muito raramente – durante todo o tempo daquela missão, assim antes como depois do seu reaparecimento, chamado “ressurreição” – tomou parte, aos olhos dos homens, nas refeições humanas. Fazia-o unicamente quando “era preciso”, seja para os convencer da sua condição de homem, seja a título de ensinamento vivo, com o exemplo permanente da Caridade, do Amor e do Perdão. Aqueles que o acompanhavam sempre, não se surpreendiam com a sua maneira de viver. Viam-no orar e, sendo a do jejum uma lei rigorosa entre os judeus, criam que Jesus a observava à risca, para se mortificar, dando testemunho da sua Perfeição. Quanto ao desaparecimento e reaparição do Cristo, a explicação não menos simples. Ao Espírito é dado libertar-se temporariamente do invólucro material de que se ache revestido, conservando-se ligado e preso a ele POR UM CORDÃO FLUÍDICO, INVISÍVEL AOS HOMENS. Pode assim o Espírito, algumas vezes, libertar-se do corpo pelo desprendimento durante o sono e, em casos muito raros, quando o indivíduo, sem estar dormindo, se encontre num “estado de êxtase” mais ou menos pronunciado. Pode mesmo, pela bicorporeidade, pela bilocação e com o auxílio do perispírito, tornar-se visível e tangível – sob todas as aparências do corpo humano – de modo a produzir ilusão completa. PODE AINDA, EM CASOS EXCEPCIONALÍSSIMOS, E TENDES DISSO EXEMPLOS COMPROVADOS E AUTÊNTICOS, TORNAR-SE VISÍVEL E TANGÍVEL, COM TODAS AS FACULDADES APARENTES DA VIDA E DA PALAVRA HUMANA (Afonso de Liguori e Antônio de Pádua são exemplos dessa natureza). O Espírito materialmente encarnado não tem meios de desmaterializar o corpo de que está revestido: esse poder só o tem a decomposição resultante da morte. Mas, ao contrário, os Espíritos Superiores, quando em estado de encarnação ou incorporação fluídica, podem – à vontade – materializar o corpo fluídico por sua natureza, de que se achem revestidos, a fim de torná-lo visível e mesmo tangível aos vossos olhos, assim como o podem desmaterializar, a fim de que desapareça de vossas vistas, FAZENDO-O VOLTAR AO SEU ESTADO NORMAL, EM QUE NÃO O VEDES. Podem, igualmente, modificá-lo, assimilando-o às regiões que devam percorrer. Mas, desde que estejam sofrendo encarnação ou incorporação, aqueles Espíritos não podem desligar do corpo que tomaram senão pela morte que, só ela, os faz voltar a erraticidade com o perispírito que traziam, apresentando este o grau de purificação que lhe haja resultado da última encarnação ou incorporação. No que diz respeito ao corpo dos Espíritos Superiores, a morte não passa de uma desagregação da matéria que envolve o Espírito. Dizemos “matéria” porque os fluidos que o perispírito assimilou para operar a encarnação ou incorporação, de fato, para o Espírito, são matéria. Considerada a sutileza dos sentidos de tais Espíritos, essa desagregação se aproxima bastante da decomposição: para eles, as matérias que compõem o corpo, ainda que não mais sujeitas ao aperfeiçoamento se dissolvem visivelmente. Cada um dos princípios do corpo constitutivos do corpo fluídico se separa, completamente, e volta ao meio de onde saiu, e que de novo o atrai. Apropriando as Leis Naturais e Imutáveis (que regem a formação dos corpos fluídicos dos mundos superiores) aos fluidos ambientes que servem para a formação dos seres terrestres, conforme ao que já vos explicamos, é que Jesus formou o corpo com que se apresentava aos homens, CORPO APARENTEMENTE HUMANO, ao qual (para sermos entendidos) demos o nome de perispírito tangível, apto a LONGA TANGIBILIDADE, graças aos mesmos fluidos ambientes. Espírito Puro, não sujeito a encarnação ou incorporação alguma, em nenhum planeta, Jesus formava voluntariamente aquele perispírito tangível, DO QUAL TINHA O PODER DE SE LIBERTAR. As matérias que o compunham, de si mesmas sutilíssimas para olhos humanos, podiam desaparecer, subdividindo-se, e reagregar-se, à vontade do Mestre, para reaparecer. O conhecimento de que Jesus dispunha (e que só os Espíritos Puros possuem completo) da natureza dos fluidos empregados para a formação do perispírito tangível, das propriedades de tais fluidos para produzirem esse resultado sob a ação das lei de atração magnética – esse conhecimento perfeito aliado à sua potência espiritual é que lhe facultavam fazer da vista dos homens desaparecesse o mesmo perispírito, dissociando-lhe os princípios constitutivos, MAS SEMPRE MANDENDO-OS SOB O PODER DA SUA VONTADE, prontos a se reunirem de novo.

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

  A DOUTRINA DO CEU   P – Qual a Doutrina do Centro Espiritual Universalista da LBV?   R – Ela unifica, neste fim de ciclo, todos os...