O ESPÍRITO E O CADÁVER
P – Há muito que se impunha, a nosso ver, a revisão
das Revelações de Deus com a sua devida ATUALIZAÇÃO.
Afinal, são vários milênios de evolução humana! Agora, todos podem compreender
por que HAVERÁ UM SÓ REBANHO PARA UM SÓ
PASTOR, QUE É JESUS. Como o Espírito da Verdade explica o interessante caso
do filho da viúva de Naim?
R – Está no Evangelho segundo Lucas, VII: 11-17.
LUCAS: 11 – No dia seguinte,
Jesus se dirigiu a uma cidade chamada Naim, acompanhado de seus discípulos e de
grande multidão. 12 – Ao se aproximar da porta da cidade, aconteceu-lhe ver que
levavam a enterrar um morto, que era filho único de sua mãe viúva, acompanhada
de grande número de pessoas da cidade. 13 – Vendo-a, Jesus compadeceu-se dela e
lhe disse: “Não choreis”. 14 – Aproximou-se e, tocando o esquife, ordenou:
“Moço, levanta-te!” 15 – No mesmo instante, aquele que estava morto se sentou e
começou a falar. Jesus o restituiu à sua mãe. 16 – Todos os presentes foram
tomados de espanto e glorificaram a Deus, dizendo: “Um grande profeta surgiu
entre nós! Deus visitou o seu povo!” 17 – O rumor desse milagre se espalhou por
toda a Judéia e circunvizinhanças.
Conheceis a relação que existe entre o Espírito e o
corpo quando este, num estado de repouso a que chamais sono, fraqueza, catalepsia, se encontra separado da inteligência
que o anima. O ESPÍRITO RETOMA UMA
LIBERDADE MOMENTÂNEA MAS RESTRITA, PERMANECENDO LIGADO AO CORPO, DO QUAL SE
SEPAROU, POR UMA CADEIA ELÉTRICA, QUE É O LAÇO FLUÍDICO DO PERISPÍRITO, laço
que o conduz ao invólucro material, logo que o ordenam as necessidades humanas.
A MORTE REAL NÃO TEM DESPERTAR MATERIAL,
POIS A VONTADE IMUTÁVEL DE DEUS JAMAIS FORÇA O ESPÍRITO A SE UNIR A PODRIDÃO. Dizemos
“podridão” porque, uma vez quebrado o laço perispirítico, tem início o
apodrecimento da matéria, ainda mesmo que a vida orgânica não se tenha
extinguido aos olhos dos homens. A
ciência humana, por enquanto, é incapaz de comprovar os primeiros efeitos e
indícios da decomposição; entretanto,
eles existem. Portanto, com relação ao filho da viúva de Naim, como também
em relação a Lázaro, à filha de Jairo e a todos os outros “mortos” (aos olhos humanos, bem entendido) não
se havia quebrado o laço que une o Espírito ao corpo. A MORTE, POIS, ERA APENAS APARENTE, MAS FOI CONSIDERADA REAL PELOS
HOMENS. Que aconteceu, então, em Espírito e Verdade? Jesus chamou o
prisioneiro que se afastara do seu cárcere carnal e ele, submisso à ordem do
Cristo, voltou imediatamente. NÃO TEM
OUTRA CAUSA OS FATOS DESTA NATUREZA, REFERIDOS TANTO NO VELHO QUANTO NO NOVO
TESTAMENTO DA BÍBLIA SAGRADA. Acabamos de dizer, falando do filho da viúva
de Naim, que o Espírito voltou, incontinenti, à sua prisão carnal. Para que
ocorressem todos os fatos que se haviam de produzir pela ação de Jesus,
deixando nos Evangelhos traços e lembranças entre os homens, os Espíritos que –
por pertencerem ao GRUPO DOS
PARTICIPANTES DA OBRA DO MESTRE – deviam concorrer para a produção desses
fatos, se colocavam voluntariamente, nas condições precisas, ao longo do
caminho que ele percorria e desempenhavam, assim, a missão que trouxeram quando
encarnaram. O fato ocorrido com o filho da viúva de Naim (como os que se deram
com Lázaro e com a filha de Jairo) estava no número daqueles. O Espírito da
viúva, portanto, obedecia com submissão e devotamento à potente vontade de
Jesus. O ESTADO REAL EM QUE SE
ENCONTRAVA O JOVEM ERA O DE CATALEPSIA COMPLETA, ÚNICO ESTADO SINCOPAL QUE PODE
APRESENTAR POR LONGO TEMPO AS APARÊNCIAS DA MORTE, DE MODO A SER CONSIDERADO
MORTE REAL. Jesus tocou o corpo e não o esquife, que os judeus não usavam
para enterrar os mortos, e o fez com o fim de deter a marcha do cortejo. Sua
vontade, expressa na ordem “LEVANTA-TE”,
reconduziu o Espírito ao “cadáver”, que despertou do seu prolongado sono, e
imediatamente readquiriu, pela vontade do Espírito e pela influência benéfica
do Mestre, a força e a lucidez que havia perdido. Esse espírito – já o dissemos
– submisso e devotado, estava pronto a voltar, por ordem do Cristo, ao seu
corpo inerte. Mas este, não estando sustentado pela vitalidade da matéria,
porque – em virtude do afastamento do Espírito – o laço fluídico se distendera
cada vez mais e se tornara assim muito fraco, necessitava da ação poderosa de
Jesus para readquirir de súbito, GRAÇAS
AOS FLUÍDOS QUE O PENETRAVAM, a força e a vitalidade. A restituição da
vitalidade ao corpo foi devida  àquela
potência magnética, que restabeleceu a harmonia entre as forças vitais.
Repetimos: UMA VEZ MORTO REALMENTE, PELA
RUPTURA DO LAÇO QUE UNE O ESPÍRITO AO CORPO, ISTO É, POR SE HAVER O ESPÍRITO,
COM O PERISPÍRITO, SEPARADO COMPLETAMENTE DO CORPO, JAMAIS PODE O HOMEM
READQUIRIR A VIDA CORPORAL HUMANA, PELA VOLTA DE UM E OUTRO A PODRIDÃO CHAMADA
“CADÁVER”. Nesse caso, desde que o Espírito volveu à sua vida primitiva, à
vida espiritual, não lhe é mais possível retomar a ida corporal humana senão
pela reencarnação, de acordo com as Leis Naturais e Imutáveis da reprodução
vigente na Terra. Insistimos: A VONTADE
IMUTÁVEL DE DEUS JAMAIS FORÇA O ESPÍRITO A SE UNIR A PODRIDÃO; JAMAIS DERROGA,
EM QUALQUER DOS MUNDOS HABITADOS, AS LEIS QUE ELE MESMO PROMULGOU DESDE TODA A
ETERNIDADE.
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário