O MISTÉRIO DAS RESSURREIÇÕES
P - É irrespondível a explicação dada ao caso da
“ressurreição” do filho da viúva de Naim. Como devemos entender todas as outras
“ressurreições” de que fala a Bíblia? E como o Espírito da Verdade encara o
fato de as terem relatado os Evangelistas?
R – Em todas as “ressurreições” de mortos segundo os
homens, operadas na Terra em todas as épocas, especialmente aquelas de que
falam os Testamentos Velho e Novo da Bíblia, não houve mais do que A VOLTA
DO ESPÍRITO A UM CORPO QUE ELE NÃO ABANDONARA INTEIRAMENTE, ISTO É, A QUE SE
CONSERVOU LIGADO E PRESO PELO LAÇO FLUÍDICO DO PERISPÍRITO. ASSIM, NÃO HAVIA
CESSAÇÃO DA VIDA, MORTE REAL, NEM CADÁVER. Não havia mais que a suspensão
da vida, morte apenas aparente, um estado de catalepsia completa, que passava
aos olhos dos homens por um estado de morte real. Tais as “ressurreições” de
Lázaro, da filha de Jairo e do filho da viúva de Naim. Quanto a este último, o
cortejo seguia silenciosamente sua marcha; Jesus o fez parar, e disse à mãe do
jovem o mesmo aos que choravam e se lamentavam na casa de Jairo: “Não choreis”.
Tendo todos parado, ordenou “Moço, levanta-te!”, a mesma ordem que deu à filha
de Jairo: “Menina, levanta-te!” E, em seguida, se afastou. Ninguém proferiu
palavra na presença de Jesus, diante de seus discípulos, da multidão que os
acompanhava, compondo o cortejo fúnebre. Ninguém afirmou, referindo-se ao filho
da viúva de Naim: “Ele está morto”. Jesus, portanto, nada tinha a dizer, para
salvaguardar a interpretação futura, EM ESPÍRITO E VERDADE, do ato que
acabava de praticar. Pelo seu silêncio, deixou intencionalmente sujeito às
explicações futuras aquele fato, tido por milagroso pelos que o presenciaram e
pelos outros que dele ouviram falar. Assim procedeu porque o caso em questão
tinha de contribuir para tornar aceita sua missão, e para que esta produzisse
frutos naquele momento e no futuro, CABENDO AO ESPÍRITO DA VERDADE, PELO
CRISTO PREDITO E PROMETIDO, EXPLICÁ-LO PELA ATUAL REVELAÇÃO. Os que
formavam o cortejo, os discípulos, a multidão que os seguia, os que ouviram
narrar o fato – acreditavam todos na morte real do filho da viúva e na sua
ressurreição. Para todos eles, o jovem estava morto e Jesus o ressuscitou no
sentido que davam a esta palavra, de acordo com seus preceitos e tradições. Tal
crença era fruto exclusivo das opiniões, das apreciações humanas, porque Jesus
não dissera nada sobre o estado real do rapaz. OS EVANGELISTAS, NARRADORES
DO FATO, TIVERAM, COMO SEMPRE, DE O RELATAR, E O RELATARAM REGISTRANDO O ATO E
AS PALAVRAS DE JESUS, SEGUNDO AS OPINIÕES, APRECIAÇÕES E INTERPRETAÇÕES HUMANAS
A QUE O MESMO FATO DERA CAUSA E QUE ELES ESPOSAVAM. De modo que, conforme
haveis de notar, relataram o fato como foi compreendido por todos. Assim é que
eles dizem, falando do jovem: “um morto” (versículo 12), “aquele que
estava morto” (versículo 15). A resposta a esta pergunta: “o rapaz estava
morto, ou não?” tinha de ser confiada às interpretações humanas ATÉ AOS
VOSSOS DIAS. A Revelação atual, que vem explicar EM ESPÍRITO E VERDADE
a situação real daquele que estava “morto” no entender dos homens, a natureza e
o caráter reais do ato que Jesus praticou, responde a essa pergunta. E O FAZ
QUANDO OS PROGRESSOS REALIZADOS PELA CIÊNCIA HUMANA, OS ESTUDOS E AS
OBSERVAÇÕES SOBRE O MAGNETISMO E O SONAMBULISMO MAGNÉTICO, COMPLETADOS PELA
CIÊNCIA ESPÍRITA, VOS PUSERAM EM CONDIÇÕES DE COMPREENDER A RESPOSTA.
Quando chegar a hora, também vos explicaremos os fatos relativos à Lázaro e à
filha de Jairo, narrados pelos Evangelistas. 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário