segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

 

O POSSESSO MUDO

 

  P – Nada como a Luz da Verdade para sobrepujar a força da treva. Já que o Espírito da Verdade falou da cura dos cegos, poderia explicar o caso do mudo possesso?

 

  R – Vejamos Mateus, IX: 32-34 e Lucas, XI, 14-20.

 

MATEUS: 32 – Logo que eles saíram, apresentaram a Jesus um homem mudo, possesso do demônio. 33 – Tendo sido este expulso, o mudo falou. E a multidão, admirada dizia: “Nunca vimos coisa semelhante em Israel!” 34 – Mas os fariseus diziam: “Ele expulsa os demônios pelo príncipe dos demônios!”.

 

LUCAS: 14 – Jesus expulsou o demônio de um homem que estava mudo e, logo que o demônio saiu, o mundo falou e todo o povo se encheu de admiração. 15 – Mas, entre os populares, alguns diziam: “É por Belzebu, príncipe dos demônios, que ele expulsa os demônios.” 16 – Outros, para o tentarem, lhe pediam um sinal do céu; 17 – Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos, disse: “Todo reino dividido contra si mesmo será desolado, e casa sobre casa cairá. 18 – Se, pois, Satanás está dividido contra si mesmo, como poderá subsistir o seu reino? Sim, porquanto, dizeis que é por Belzebu que eu expulso os demônios. 19 – Ora, se é por Belzebu que eu expulso os demônio, por quem os expulsam vossos filhos? Por isso serão eles mesmos os vossos juízes. 20 – Se, porém, eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, é que o reino de Deus já desceu até vós..

 

Exercendo uma ação fluídica sobre os órgão da voz, da palavra, é que o mau Espírito – obsessor daquele homem, a quem chamavam “possesso do demônio” – o tornava mudo, subjugando-o completamente. Da mesma forma que o obsessor do cego lhe paralisa a vista, como o obsessor do surdo lhe inutiliza o ouvido (cobrindo cada um desses órgãos com uma parte do fluido que o envolve e retirando-lhe, assim, momentaneamente, as faculdades), o obsessor do mudo também lhe paralisa a voz, privando-a da faculdade de falar. Jesus ordenou ao Espírito mau que abandonasse a vítima. Tendo-se afastado o obsessor, cessou a ação fluídica que produzia a mudez, e o mudo falou. A SUBJUGAÇÃO A QUE ESTAVA SUJEITO O HOMEM E A SUA CONSEQÜENTE MUDEZ ERAM, PARA ELE, UMA PROVAÇÃO E UMA EXPIAÇÃO. Quando observardes uma punição, procurai do outro lado o abuso, falta ou crime a cuja reparação ela se destina. O mudo, constrangido a guardar silêncio, quando as palavras e a ânsia de se exprimir lhe fervilhavam no íntimo, EXPIAVA UM ABUSO DE ELOQÜÊNCIA: ORADOR DE TALENTO, CONTRIBUÍRA PARA ARRASTAR MULTIDÕES A ERROS PROFUNDOS. Expiava, portanto, a sua leviandade. Mas a provação e a expiação da mudez lhe foram impostas por limitado tempo. Sofrera o castigo sem resmungar, resignado e paciente. Por isso mesmo, Jesus o libertou. A acusação dos fariseus e dos sacerdotes era análoga à que hoje procura atingir os conhecedores das Leis Espirituais. Não são eles acusados de manter relações com Satanás? Não é ao “demônio” que AINDA HOJE acusam de vos pregar o Novo Mandamento contra a “Igreja de Jesus Cristo”? Assim sendo, é fácil compreender a acusação que fizeram ao Mestre. “Se me odeiam a mim – disse Jesus – também vos odiarão a vós”. Caminhai, portanto, nas suas pegadas, firmando-vos na sua resposta que é irrespondível: “Se eu expulso demônios por Belzebu, por quem os expulsam vossos filhos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes”. Por estas palavras, o Cristo aludia aos que, seguindo-lhe os passos, procuram purificar-se espiritualmente, expulsando os “demônios” pelo jejum e pela oração. Os verdadeiros CRISTÃOS DO NOVO MANDAMENTO são esses filhos dos homens que se purificam e se elevam acima de seus pais, pois se tornam seus juízes naturais, diante da LEI DE DEUS.

                              

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