O POSSESSO MUDO
  P – Nada como a
Luz da Verdade para sobrepujar a força da treva. Já que o Espírito da Verdade
falou da cura dos cegos, poderia explicar o caso do mudo possesso?
  R – Vejamos
Mateus, IX: 32-34 e Lucas, XI, 14-20.
MATEUS: 32 – Logo que eles
saíram, apresentaram a Jesus um homem mudo, possesso do demônio. 33 – Tendo
sido este expulso, o mudo falou. E a multidão, admirada dizia: “Nunca vimos
coisa semelhante em Israel!” 34 – Mas os fariseus diziam: “Ele expulsa os
demônios pelo príncipe dos demônios!”.
LUCAS: 14 – Jesus expulsou o
demônio de um homem que estava mudo e, logo que o demônio saiu, o mundo falou e
todo o povo se encheu de admiração. 15 – Mas, entre os populares, alguns
diziam: “É por Belzebu, príncipe dos demônios, que ele expulsa os demônios.” 16
– Outros, para o tentarem, lhe pediam um sinal do céu; 17 – Jesus, porém,
conhecendo os seus pensamentos, disse: “Todo reino dividido contra si mesmo
será desolado, e casa sobre casa cairá. 18 – Se, pois, Satanás está dividido
contra si mesmo, como poderá subsistir o seu reino? Sim, porquanto, dizeis que
é por Belzebu que eu expulso os demônios. 19 – Ora, se é por Belzebu que eu
expulso os demônio, por quem os expulsam vossos filhos? Por isso serão eles
mesmos os vossos juízes. 20 – Se, porém, eu expulso os demônios pelo dedo de
Deus, é que o reino de Deus já desceu até vós..
Exercendo
uma ação fluídica sobre os órgão da voz, da palavra, é que o mau Espírito –
obsessor daquele homem, a quem chamavam “possesso do demônio” – o tornava mudo,
subjugando-o completamente. Da mesma forma que o obsessor do cego lhe paralisa
a vista, como o obsessor do surdo lhe inutiliza o ouvido (cobrindo cada um
desses órgãos com uma parte do fluido que o envolve e retirando-lhe, assim,
momentaneamente, as faculdades), o obsessor do mudo também lhe paralisa a voz,
privando-a da faculdade de falar. Jesus ordenou ao Espírito mau que abandonasse
a vítima. Tendo-se afastado o obsessor, cessou a ação fluídica que produzia a
mudez, e o mudo falou. A SUBJUGAÇÃO A QUE ESTAVA SUJEITO O HOMEM E A SUA
CONSEQÜENTE MUDEZ ERAM, PARA ELE, UMA PROVAÇÃO E UMA EXPIAÇÃO. Quando
observardes uma punição, procurai do outro lado o abuso, falta ou crime a cuja
reparação ela se destina. O mudo, constrangido a guardar silêncio, quando as
palavras e a ânsia de se exprimir lhe fervilhavam no íntimo, EXPIAVA UM
ABUSO DE ELOQÜÊNCIA: ORADOR DE TALENTO, CONTRIBUÍRA PARA ARRASTAR MULTIDÕES A
ERROS PROFUNDOS. Expiava, portanto, a sua leviandade. Mas a provação e a
expiação da mudez lhe foram impostas por limitado tempo. Sofrera o castigo sem
resmungar, resignado e paciente. Por isso mesmo, Jesus o libertou. A acusação
dos fariseus e dos sacerdotes era análoga à que hoje procura atingir os
conhecedores das Leis Espirituais. Não são eles acusados de manter relações com
Satanás? Não é ao “demônio” que AINDA HOJE acusam de vos pregar o Novo
Mandamento contra a “Igreja de Jesus Cristo”? Assim sendo, é fácil compreender
a acusação que fizeram ao Mestre. “Se me odeiam a mim – disse Jesus – também
vos odiarão a vós”. Caminhai, portanto, nas suas pegadas, firmando-vos na
sua resposta que é irrespondível: “Se eu expulso demônios por Belzebu, por
quem os expulsam vossos filhos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes”.
Por estas palavras, o Cristo aludia aos que, seguindo-lhe os passos, procuram
purificar-se espiritualmente, expulsando os “demônios” pelo jejum e pela
oração. Os verdadeiros CRISTÃOS DO NOVO MANDAMENTO são esses filhos dos
homens que se purificam e se elevam acima de seus pais, pois se tornam seus
juízes naturais, diante da LEI DE DEUS.
                               
 
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