terça-feira, 28 de dezembro de 2021

 

O VERDADEIRO TESOURO

 

P – Queremos a interpretação das palavras do Mestre: “Não junteis tesouros na terra”. Que diz o Espírito da Verdade, através do CEU da LBV?

 

R – Reunamos os Evangelhos de Jesus segundo Mateus, VI: 19-23, e Lucas, XII: 32-34.

 

MATEUS: 19 – Não queirais acumular tesouros na terra, onde as traças e a ferrugem os destroem, onde os ladrões desenterram e roubam. 20 – Preparai-vos tesouros no céu, onde não há traças nem ferrugem que os possam destruir, onde não há ladrões que os desenterrem e roubem, 21 – porquanto, onde estiver o vosso tesouro, aí estará, também, o vosso coração. 22 – Vossos olhos são a lâmpada do vosso corpo; se vossos olhos forem simples, todo o vosso corpo será luminoso. 23 – Mas, se vossos olhos forem maus, todo o vosso corpo será tenebroso. Se, pois, a luz que está em vós não for senão trevas, que grandes trevas serão!

 

 

LUCAS: 32 – Pequenino rebanho, nada temais, porque aprouve a Deus dar-vos o seu Reino! 33 – Vendei o que possuis e transformai-o em esmolas. Tratai de vos prover de bolsas que o tempo não estrague: amontoai no céu tesouro que não se esgote nunca, do qual o ladrão não se aproxime e que as traças não roam. 34 – Porque, onde estiver o vosso tesouro, aí estará, também, o vosso coração.

 

Aqui tendes NOVAS IMAGENS MATERIAIS. Buscai-lhes o espírito, e encontrareis o verdadeiro sentido e todo o alcance do pensamento de Jesus: não procureis o que possa fazer a felicidade do homem na Terra, quando isso estiver em oposição à felicidade do Espírito na Eternidade. Não procureis com ardor senão o que vos possa aproximar de Deus. A todos os vossos “atos humanos” deve animar a idéia de que não sois do mundo; de que, estando nele apenas como viajantes, tendes de suportar, da melhor forma possível, as provações que vos couberam; desempenhar a missão de que fostes incumbidos, a fim de regressardes à Pátria Celestial e PODERDES PRESTAR BOAS CONTAS DE VOSSOS ATOS AQUELE QUE VOS ENVIOU. Não vos deixeis preocupar pelos bens perecíveis, salvo quando forem as armas de que precisais para a luta contra o mal; do contrário, qualquer que seja a luz que os cerque, serão fonte de trevas para o vosso Espírito! Tal luz desaparecerá com eles, e ficareis perdidos na escuridão de uma existência inútil, completamente sem abrigo diante do Senhor. Não esqueçais que O VOSSO TESOURO SE ENCONTRA JUNTO DE DEUS, DETENTOR DE TODAS AS GRAÇAS. Convictos desta idéia, de acordo com os ensinos do Mestre, vossos sentimentos se inclinarão sempre para Deus, e o vosso coração estará junto do vosso verdadeiro tesouro – perto do vosso Deus, a fonte infinita de todos os bens. Quanto às palavras – PEQUENINO REBANHO, NADA TEMAIS, PORQUE APROUVE A DEUS DAR-VOS O SEU REINO – foram endereçadas aos primeiros discípulos, poucos em número, atenta a mesma tarefa a desempenhar, mas Espíritos devotados, que marchavam segundo os desígnios do Senhor. Dirigem-se, também, aos pioneiros da Nova Revelação, que ainda são a minoria, mas também marcham devotadamente, como aqueles, segundo OS MESMOS DESÍGNIOS DO SENHOR. Sabeis que, infelizmente, os salvos se reduzem no Apocalipse a 144.000 – número simbólico, a indicar “a minoria dos que sobreviverão ao dilúvio de fogo do Armagedon”. Tais palavras vos concitam, como concitavam aos primeiros discípulos, a TER CONFIANÇA EM DEUS, FIRMES NA ESPERANÇA DO CUMPRIMENTO DE SUAS PROMESSAS. Dignas de meditação, por sua vez, são estas palavras do Cristo: “Vendei o que possuís e transformai-o em esmolas. Tratai de vos prover de bolsas que o tempo não estrague: amontoai no céu tesouro que não se esgote nunca, do qual o ladrão não se aproxime nunca e que as traças não roam”. Não significam que devais despojar-vos de todos os bens humanos e que, somente assim, podereis chegar a Deus. Não: tal interpretação, conforme à letra, mas não conforme ao espírito, vos levaria a conseqüências absurdas, ao mesmo tempo contrárias aos ensinamentos do Mestre, com referência às provas determinadas pela LEI DE CAUSA E EFEITO. Elas significam que a posse e uso, pelo homem, dos bens terrenos, DEVEM SER ISENTOS DE EGOÍSMO E SANTIFICADOS PELA CARIDADE; que as boas obras de ordem material, de ordem intelectual e espiritual, ou moral, assim praticadas, constituem AS ÚNICAS RIQUEZAS IMPERECÍVEIS, isto é, que as RIQUEZAS ESPIRITUAIS são as únicas que, como elementos de progresso moral e caminho para a Perfeição, religam a criatura ao Criador.

 

 

 

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