DEUS E A VIDA UNIVERSAL –
X
P
– Chegamos ao ponto que mais de perto nos interessa: por que, já na posse do
seu livre arbítrio, podem os Espíritos falir, por orgulho ou por inveja?
R
– Os Espíritos no estado infantil – já o dissemos – são confiados a
preceptores, que trabalham para o desenvolvimento moral e intelectual de seus
discípulos, dando-lhes ensinamentos e exemplos. É então – também já o dissemos
– que AS TENDÊNCIAS SE REVELAM.
Os Espíritos, já de posse do seu livre arbítrio, ou trilham laboriosamente o
caminho do progresso espiritual, planejado com amor, dóceis aos seus Guias, em
prol do próprio desenvolvimento, crescendo em sabedoria, pureza e ciência, e
chegam, SEM HAVER FALIDO,
ao ponto onde nenhum véu mais lhes oculta a luz central, ou – ao contrário – confiantes em suas forças, desprezam os conselhos que lhes são dados,
e inebriados pela visão dos esplendores que cercam os altos Espíritos – deixam
que a inveja e o orgulho os empolguem. Já tendo grande poder sobre as regiões
inferiores, cujo o governo aprendem a exercer no sentido de que (sempre sob as
vistas dos Espíritos prepostos à missão de educá-los e sob as do Protetor
Especial do planeta de que se trate) aprendem a dirigir a revolução das
estações, a regular a fertilidade do solo, a guiar os encarnados,
influenciando-os ocultamente, MUITOS ACREDITAM QUE SÓ AO
PRÓPRIO MERECIMENTO DEVEM O QUE PODEM e, desprezando todos os
conselhos, caem: e a queda pelo orgulho. Outros, por nem sempre compreenderem a
ação poderosa de deus, NÃO ADMITEM QUE HAJA UMA
HIERARQUIA ESPIRITUAL e acusam de injustiça Aquele que os criou,
porquanto é Deus quem cria, não o esqueçais: esses caem pela inveja. Não é o que acontece convosco, dentro da ínfima hierarquia humana?
Até o ateísmo – por mais incrível que pareça – até o ateísmo, não raro, se
manifesta naqueles pobres cegos colocados no centro mesmo da Luz! E jamais,
como aí, o ateísmo nasce tão diretamente do orgulho. Não vendo aquele de quem
tudo emana, negam-lhe a existência, já se considerando a base e a cúpula do
edifício! Nesse caso, sobretudo nesse caso,
mais severo é o castigo. É um dos casos de primitiva encarnação humana: preciso
se torna que os culpados sintam, em seu próprio benefício, o peso da força cuja
existência não quiseram reconhecer. Qualquer que seja a causa da queda, orgulho, inveja, ateísmo, os que caem (tornando-se,
por isso, ESPÍRITOS DAS TREVAS)
são precipitados nos tenebrosos lugares da encarnação humana, conforme ao grau
de culpabilidade, nas condições impostas pela necessidade de expiar e
progredir. Não vos enganeis quanto ao sentido das novas palavras relativas à
ação desses Espíritos em via de progresso, que ainda não
faliram e que se grupam nas regiões inferiores para
conduzir os encarnados, influenciando-os, a título de Guias, amigos e
simpatizantes. Nos mundos inferiores, os encarnados têm seus Anjos da Guarda,
que são Espíritos da categoria dos vossos, mais depurados (como dizeis) do que
os seus protegidos, e que também têm, por Guias ou Protetores, OUTROS ESPÍRITOS DE ORDEM MAIS ELEVADA.
Tudo se liga e encadeia, da base ao ápice, hierarquicamente, na unidade e na
solidariedade.
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