sábado, 25 de dezembro de 2021

 

 

A PALAVRA DO REINO

 

P – Nossas atenções se voltam, agora, para o Evangelho segundo Mateus, versículos 16 e 17, e segundo Lucas, 23 e 24. Também nos interessa muito a explicação dos versículos 18 e 19 de Mateus, 15 de Marcos e 12 do capítulo VIII de Lucas. Como os interpreta o Espírito da Verdade, pelo CEU da LBV?

 

R – Disse Jesus. “Bem-aventurados os vossos olhos porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem! Pois em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não viram: ouvir que hoje ouvis e não ouviram!” Dizendo tais palavras, Jesus aludia ao Espírito encarnado. OS PROFETAS E OS JUSTOS DE QUEM ELE FALA PREVIAM A VINDA DO CRISTO: FELIZES TERIAM SIDO SE ELA SE HOUVESSE VERIFICADO DURANTE O TEMPO DA ENCARNAÇÃO DE TODOS ELES. E prossegue o Mestre na parábola do semeador: “O caminho a cuja margem a semente caiu são aqueles que ouvem a Palavra do Reino e não compreendem, que a escutam e de cujo coração – mal a têm escutado – satanás a vem arrancar, pelo temor de que esses, crendo, se salvem”. “A Palavra do Reino significa: os ensinamentos dados pelo Cristo, para que os homens aprendessem a merecer o reino do céu. Embora não fosse o próprio Deus, ele podia dizer que personificava A PALAVRA DO REINO, por ser de Deus o órgão que se fizera carne (no entender dos homens, que o julgavam encarnado, como eles, num invólucro corporal humano), mas que, na realidade, se fizera carne ENCARNANDO APENAS NUM PERISPÍRITO TANGÍVEL, NUM CORPO PERISPIRÍTICO INCORRUPTÍVEL. Quanto às expressões Satanás, Diabo, Maligno, sinônimas como sabeis, eram empregadas para exprimir a mesma coisa: designam figuradamente, de modo emblemático ou simbólico, os Espíritos maus, Espíritos de erro e de mentira, espíritos inferiores, impuros, levianos ou perversos. Falando do Maligno, que arranca do coração do homem. A Palavra do Reino PELO TEMOR DE QUE, ACREDITANDO, O HOMEM SE SALVE, referia-se o Mestre aos espíritos maus que se congregam em torno dos que não lhes resistem e procuram impedi-los de sair da situação precária em que se encontram. A crença humana em Satanás, ou Diabo, com seu inferno eterno, se originou da necessidade de materializar os símbolos a fim de os tornar perceptíveis à matéria; foi um freio, um meio de infundir terror (às vezes, salutar), durante os séculos que se seguiram à ascensão do Cristo. COMO IMPEDIR QUE O HOMEM MODIFIQUE A VERDADE AO SABOR DE SUAS CONVENIÊNCIAS E NECESSIDADES? COMO IMPEDIR QUE O HOMEM EXPLORE O HOMEM? COMO IMPEDIR QUE O INTELIGENTE DOMINE O SIMPLÓRIO QUE O FORTE ESMAGUE O FRACO E QUE, PARA CONSEGUI-LO EMPREGUE TODOS OS MEIOS AO SEU ALCANCE? Qual o freio mais próprio do que o temor, para ser usado naquela época de ignorância e de barbárie, em que teve início o reinado de Lúcifer? Esse temor era o meio de que lançava mão a igreja humana, tanto contra o forte quanto contra o fraco; era um jugo que se aplicava igualmente a todas as frontes para domar todas as naturezas. Não reproveis com excesso: o que na Antigüidade , se passou com os hebreus de dura cerviz (e depois convosco) tinha de ser assim. Impotentes teriam sido, então, a Lei de Amor e Caridade que hoje vos pregamos, a Lei da Reencarnação, natural e imutável, que vos revelamos sem véu, em seu princípio e nas suas conseqüências; leis que – pela reparação, pela expiação e pelo progresso – vos mostram o caminho que tendes de percorrer para entrardes, purificados no Reino do Céu. AO FOGO DAS PAIXÕES HUMANAS FOI PRECISO CONTRAPOR UM FOGO AINDA MAIS ARDENTE, CAPAZ DE ABALAR AQUELES HOMENS DE CORAÇÃO EMPEDERNIDO, OS QUAIS, SEM ISSO, SE TERIAM ESTRANGULADO UNS AOS OUTROS DESAPIEDADAMENTE!  O que se deu, portanto, tinha de se dar. A fonte era boa, mas o homem se turvou, e o lodo das paixões humanas continuou a escurecê-la. Hoje, pela Nova Revelação, restituímos ao manancial a sua limpidez de outrora; e a fonte da vida, em vez de se despenhar sobre pedras que seriam arrastadas pela torrente, vai deslizar tranqüila e clara por sobre dourado saibro que lhe formará o leito. Nada mais dos vãos temores, todavia úteis naqueles bárbaros tempos! A Unificação das Revelações do Cristo de Deus proclama: - Abaixo a exploração do homem pelo homem! O ignorante deixará de ser presa do instruído, porque a Verdade tem de se universalizar. O forte não mais esmagará o fraco, porque a força do primeiro não servirá senão para amparar o segundo. O poderoso não pisará mais a fronte do pequenino, porque, ao contrário, se abaixará – cheio de solicitude – para tomar o outro nos braços e ajudá-lo a erguer a cabeça para o céu! CADA SÉCULO TEM TIDO SUAS CRIAÇÕES, DESTINADAS TODAS AO PROGRESSO DA HUMANIDADE.

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