NA TERRA DOS GERASENOS – I
P – Em matéria de
obsessão e obsidiados, o que mais nos impressiona e a passagem evangélica na
terra dos gerasenos. Gostaríamos, por isso, de receber, pelo CEU da LBV, uma
explicação ampla, que nos dê elementos para uma pregação eficiente aos que
freqüentam a nossa CRUZADA DO NOVO MANDAMENTO
NO LAR. Podemos ser atendidos pelo Espírito da Verdade?
R - Vamos harmonizar Mateus, VIII: 28-34, Marcos, V: 1-20 e
Lucas, VIII: 26-40.
MATEUS: 28 – Ao chegar
Jesus à terra dos gerasenos, na outra margem do lago, vieram-lhe ao encontro,
saindo dos túmulos, dois possessos tão furiosos que ninguém ousava passar por
aquele caminho. 29 – E se puseram
a gritar, dizendo: "Jesus, Filho de Deus, que tens tu conosco? Vieste para nos atormentar antes do
tempo?" 30 – Não longe dali, estava pastando uma grande vara
de porcos. 31 – E os demônios suplicaram a
Jesus: " Se nos expulsas daqui, manda-nos para aqueles porcos!" 32 – Jesus lhes disse:
"Ide". E eles, saindo dos possessos, passaram para os porcos. Logo toda a manada partiu a correr, impetuosa
mente, e se foi precipitar no lago, onde os porcos morreram afogados. 33 –
Então, aqueles que os guardavam fugiram e, indo à cidade, narraram tudo o que
acontecera aos possessos. 34 – Todos os habitantes da cidade saíram ao encontro
de Jesus e, ao vê-lo, lhe pediram que se retirasse do país.
MARCOS: 1 – Tendo
atravessado o mar, desembarcaram no país
dos gerasenos. 2 – E, mal Jesus descera da barca, um homem possuído do espírito imundo veio ter com ele, saindo dos
sepulcros, 3 – onde tinha sua morada
habitual, homem esse que ninguém mais conseguia prender, nem mesmo com as correntes, 4 – pois muitas
vezes já tinha estado com ferros aos
pés, preso por cadeias, e os quebrara, não havendo quem pudesse dominá-lo. 5 –
Vivia nas montanhas e nos túmulos, dia e noite, a gritar e a se flagelar nas
pedras. 6 – Ao ver Jesus de longe correu
para ele e o adorou, 7 – exclamando em altas vozes: "Que há entre mim e ti, Jesus, Filho do Altíssimo? Eu te conjuro, por
Deus, que. não me atormentes!" 8
– Isso porque Jesus lhe ordenava: "Espírito imundo, sai desse homem!" 9 – Perguntou-lhe Jesus:
"Como te chamas?" Respondeu: "Multidão
é o meu nome, porque somos muitos". 10 – E lhe pedia, com instância, que não o expulsasse. 11 – Ora, havia ali uma
grande vara de porcos, pastando na encosta do monte. 12 – E os demônios faziam
a Jesus esta súplica: "Manda-nos
para aqueles porcos, para que entremos neles".  13 – E, como Jesus lhes desse permissão, os
espíritos imundos, saindo do possesso,
entraram nos porcos, e toda a manada, que era de ' perto de duas mil cabeças, correu com grande ímpeto e
foi precipitar-se no mar, onde se
afogou. 14 – Os que a apascentavam fugiram e, na cidade e nos campos, foram espalhar a notícia do que se
passara, e todos saíram a ver o que
havia acontecido. 15 – Vieram ter com Jesus e, vendo o homem, que estivera atormentado pelo demônio, já
sentado, vestido e em seu juízo, se encheram de temor. 16 – E eles, ouvindo dos
que presenciaram os fatos a
narrativa do que sucedera ao possesso e aos porcos, 17 – pediram a Jesus que
deixasse aquela terra. 18 – Ao voltar Jesus
para a barca, o homem que estivera possesso suplicou que lhe fosse permitido
acompanhá-lo. 19 – Jesus, porém, recusou, dizendo: "Volta para tua casa, para o meio dos teus, e conta-lhes
tudo o que o Senhor fez
por ti; e que Ele de ti se compadeça!" 20 – O homem partiu, e começou a espalhar em Decápole tudo o que Jesus lhe
fizera, causando admiração a todos.
LUCAS: 26 – Vieram
navegando ate ao país dos gerasenos, que fica defronte da Galiléia. 27 –
Ao  Jesus em terra, veio ter com ele um
homem que, desde muito tempo, estava possuído do demônio, e não
trazia roupa alguma e não morava em casa, mas nos sepulcros. 28 – Logo que viu Jesus, se prostou diante dele e, em altos
brados, dizia: Jesus, Filho de Deus
Altíssimo, que há entre mim e ti? Eu te suplico: “não me atormentes!" 29 – Isso porque Jesus
ordenava ao espírito imundo que
saísse daquele homem que, havia muito tempo, era por ele violentamente subjugado. De nada servia prenderem-no em
correntes e lhe porem ferros aos pés:
quebrava as correntes e ferro3, e era impelido pelo demônio para os lugares ermos. 30 – Jesus lhe
perguntou: "Qual é o teu nome?" Ele respondeu: "Meu nome
é multidão", pois muitos demônios tinham entrado nele, 31 – e esses demônios pediam a Jesus que não os mandasse para o abismo. 32 – Como, num monte
próximo, estivesse pastando uma grande vara de porcos, os demônios pediram a
Jesus que lhes permitisse entrar nos
porcos, o que lhes foi concedido. 33 – Então, saíram do homem, entraram nos porcos e logo toda a manada
se precipitou no lago, e aí se
afogou. 34 – Vendo isso, os que a guardavam fugiram e foram contar na
cidade e nas aldeias o que se passara. 35 – De uma e de outras acorreram muitas pessoas para ver o que
aconteceu. Vindo aonde estava Jesus, encontraram o homem, que ficara
livre dos demônios, sentado a seus pés, vestido e de perfeito juízo, o que os encheu de pavor. 36 – Os que tinham visto o que se passara lhes
referiram como o possesso fôra
libertado da multidão de demônios. 37 – Então todos os  habitantes
de Gerasa pediram a Jesus que se retirasse dali, pois estavam horrorizados.
Jesus entrou de novo na barca, e partiu. 38 – O homem, de quem os demônios tinham saído, suplicava que lhe fosse permitido acompanhá-lo. Jesus, porém, o despediu, dizendo:
39 – “Volta para tua casa. Narra aos
teus o que o Senhor fez por ti". E o homem foi, por to da a cidade,
espalhando a notícia do que Jesus lhe fizera. 40 – Regressando este, o
povo o recebeu com alegria, pois todos o esperavam.
A homens
materiais são necessários ensinamentos de feição material, SABEIS QUE HORROR TINHAM OS JUDEUS AO
PORCO, "ANIMAL IMUNDO" NO DIZER DAS ORDENAÇÕES DE MOISÉS. E aqui são quase 2.000 porcos, verdadeira
multidão (legião seriam 6.000). Querendo dar
a entender aos homens até que ponto eram perigosos e repelentes os
obsessores, Jesus permitiu que os que
atuavam desde tanto tempo, de modo tão violento e cruel, quanto extraordinário
aos olhos humanos, sobre aquele "demoníaco", isto é, sobre o geraseno
que traziam subjugado, assombrassem os porcos que ali perto pastavam. Os homens,
crentes de que os Espíritos,abandonando o possesso, entraram nos porcos,
compreenderam melhor O DESPREZO QUE LHES
DEVIAM INSPIRAR TÃO PERIGOSAS INSTIGAÇÕES, A QUE PODIAM ESTAR SUJEITOS TODOS
AQUELES QUE NÃO TRILHAM O CAMINHO QUE LEVA A SALVAÇÃO. Observai
que os obsessores se satisfizeram com o espantar os porcos. Evidentemente, não
foram habitar neles. Assim como o subjugador não habita no subjugado -
limitando-se a influenciá-lo por meio de uma ação fluídica, permanecendo a seu lado e atuando moralmente sobre ele -
também os Espíritos impuros (que, obedecendo à vontade de Jesus, se colocaram
na sua passagem, PARA SERVIREM DE
INSTRUMENTO A LIÇÃO QUE ELE DESEJAVA
DAR), se acercaram dos porcos e os espantaram, impelindo-os  a se
precipitarem no lago. Não admitais nunca a união, embora momentânea, entre o Espírito e o animal, isto é, a subjugação
corporal deste por aquele, nem - ainda menos - a substituição ou a possessão.
Já vos explicamos os meios por que se opera, as condições a que obedece e os
efeitos que produz a subjugação,
quer corporal, quer corporal e espiritual, bem como a possessão ou a substituição. Não temos, portanto de voltar
a esse assunto.
 
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